Comércio e Serviço diminuem a confiança em novembro

Os índices de Confiança do Comércio (Icom) e de Serviços (ICS) apresentaram queda em novembro, na comparação com outubro.
Comércio confia menos na economia em novembro - Crédito: Agência Sebrae
– Crédito: Agência Sebrae

Os índices de Confiança do Comércio (Icom) e de Serviços (ICS) apresentaram queda em novembro, na comparação com outubro. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o Icom recuou 10,8 pontos e chegou a 87,2 pontos, em uma escala de 0 a 200, o menor patamar desde abril deste ano (85,9 pontos).

A queda da confiança atingiu empresários dos seis segmentos do comércio pesquisados pela FGV. O Índice de Situação Atual, que mede a confiança no presente, perdeu 12,6 pontos e caiu para 89,7 pontos. O Índice de Expectativas, que mede a percepção sobre o futuro, recuou 8,6 pontos e atingiu 85,2.

Serviços

O ICS teve uma queda mais moderada que o Icom na passagem de outubro para novembro: -5,4 pontos. Com o resultado, o ICS chegou a 93,7 pontos, o menor nível desde março deste ano (92,2 pontos).

A queda foi influenciada pela piora das avaliações das empresas sobre a situação corrente e, principalmente, das expectativas nos próximos meses. O Índice de Situação Atual caiu 3,1 pontos e foi para 96,9, enquanto o Índice de Expectativas cedeu 7,5 pontos, ficando em 90,7 pontos, menor nível desde abril de 2021 (88,7 pontos).

Segundo o economista da FGV Rodolgo Tobler, apesar do término do período eleitoral, fatores políticos passaram a ser muito citados como limitadores de melhoria dos negócios nos próximos meses, o que eleva a incerteza do cenário no curto prazo e um ambiente macroeconômico delicado em 2023.

Comercio Global vai cair

A OMC (Organização Mundial do Comércio) prevê  uma redução muito forte em sua previsão de crescimento do comércio mundial para 2023. A razão está em uma economia globalmente afetada por múltiplos choques, como a guerra na Ucrânia e restrições monetárias.

“As perspectivas para 2023 se degradaram consideravelmente”, disse a diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala, ao apresentar as previsões à imprensa. Ela disse ainda que a economia mundial enfrenta múltiplas crises e que o aumento das taxas de juros pesa sobre o crescimento em grande parte do mundo.

Com isso, a OMC espera um crescimento do volume do comércio mundial de mercadorias de 3,5% em 2022, um pouco maior do que o aumento de 3,0% previsto em abril, mas a organização mundial prevê um aumento de 1,0% para 2023, bem abaixo da estimativa anterior de 3,4% anunciada em abril.

(com agência Brasil)

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Redação DMI

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