Comércio de TICs: atacado registrou receita recorde em 2020, mas varejo faturou menos, mostra IBGE
Em 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19, o setor atacado do comércio de TICs – considerando equipamentos e produtos de tecnologia de informação e comunicação – registrou recorde no aumento da receita líquida operacional. De acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o valor foi de R$ 77,8 bilhões, alta de 25% em relação ao ano anterior.
Os dados fazem parte da Pesquisa Anual de Comércio (PAC) 2020, divulgada na quarta-feira, 17. Os números específicos do comércio de TICs no atacado começaram a ser apurados na série em 2007. Desde então, o recorde da receita líquida do setor havia sido registrado em 2012, quando o valor chegou a R$ 39 bilhões, representando alta de 21% em relação a 2011.
O levantamento mostra também que os impactos de quem atua na revenda foram diferentes. A receita líquida operacional do comércio varejista de equipamentos de informática e comunicação cresceu 13% em 2020 – somando R$ 25,3 bilhões no ano.
No varejo, os resultados representam faturamento acima da média em comparação aos cinco anos anteriores, mas não é o recorde da série histórica. Desde que a pesquisa adotou metodologia atual, o crescimento percentual da receita líquida já foi superior a 13% outras quatro vezes. Veja no gráfico abaixo:
Gastos com serviço de comunicação
Em 2020, o comércio em geral passou a gastar mais com serviços de telecomunicações. De acordo com o PAC, esse tipo de despesa demandou R$ 7,8 bilhões (alta de 2% em relação ao ano anterior). Em 2019, havia sido de R$ 7,7 bilhões (queda de 1% em relação a 2018).
O gasto das empresas com pessoal empregado no comércio de TICs também evoluiu de forma diferente entre varejo e atacado. No mercado varejista, houve aumento de 3% no volume de remunerações, movimentando R$ 4,016 bilhões.
Já no atacado, a despesa com pessoal se manteve, praticamente, estável. Passando de R$ 4, 097 bilhões em 2019 para R$ 4,105 bilhões em 2020.