Com telefonia móvel, Nubank quer ampliar serviços de lifestyle

Batizado de NuCel, o serviço é uma parceria com a Claro no formato MVNO e com revenue share
Com telefonia móvel, Nubank quer ampliar serviços de lifestyle
Livia Chanes, CEO do Nubank, e Paulo Barbosa, gerente-geral do NuCel | Fotos: Tele.Síntese

O Nubank, que soma 105 milhões de clientes, 95 milhões deles no Brasil, não quer ser apenas uma instituição financeira, mas quer oferecer produtos voltados ao lifestyle dos seus clientes. Essa foi a explicação de Livia, CEO do banco no Brasil ao anunciar o lançamento oficial do NuCel, serviço de telefonia móvel da instituição, nesta terça-feira, 29 de outubro, em São Paulo.

“Se a gente está se tornando a instituição financeira principal para os clientes, ganhando essa principalidade dentro do setor financeiro, como pode levar essa experiência para outros segmentos de consumo? Nossa visão ainda embrionária é do Nubank expandido para trazer elementos de estilo de vida para dentro do ecossistema”, disse a CEO.

Nessa linha de lifestyle, a executiva enumerou a entrada no ar do shopping virtual da instituição, em 2022, e o NuViagens, lançado em maio deste ano. De acordo com ela, a telefonia móvel entra nesse quesito por ser um serviço “onipresente” na base de clientes do banco, que é digital. “100% dos nossos clientes têm um plano de celular, nossa relação com eles é por meio do aplicativo, do celular”, disse Chanes.

A CEO do Nubank acredita que a instituição pode usar a experiência de atendimento para resolver algumas das principais queixas de usuários da telefonia móvel no Brasil, que é a dificuldade de entender detalhes dos planos e de conseguir, por exemplo, cancelar um serviço.

“A principal queixa está relacionada à falta de transparência e a uma complexidade na experiência de uso desses produtos. São pontos que o Nubank sabe resolver bem, que é trabalhar a transparência, a flexibilidade, e trazer essa camada de leveza para a indústria de comunicação assim como a gente fez com o setor financeiro”, disse.

“A gente acha que vai fazer diferente, que pode mudar o jogo dessa indústria com o NuCel. A palavra é inovação. Vamos trazer inovação para uma indústria que não tem tanta inovação assim, não tem novos players entrando”, comentou Paulo Barbosa, gerente-geral do NuCel.

Parceria com a Claro

Para lançar o NuCel, o Nubank fez uma parceria com a operadora Claro no formato MVNO (Mobile Virtual Network Operator), já outorgada pela Anatel, adotando o modelo de revenue share. Os executivos não divulgaram qual será a participação de cada um dos parceiros no negócio e também não revelaram detalhes de como foi a aproximação entre a instituição financeira e a operadora.

O gerente-geral do novo serviço do Nubank afirmou que o modelo de revenue share será benéfico para a parceira no formato MVNO. “A dificuldade do setor é justamente por não ser o modelo revenue share e, sim, no de custo, que tem que negociar o preço do gigabyte constantemente. “Nós estamos alinhados na divisão da receita, não tem necessidade de renegociação constante. A escolha desse modelo é o que dá competitividade”, afirmou.

Já o atendimento aos clientes do NuCel será feito integralmente pelo Nubank. “Não haverá interface direta entre o cliente do NuCel e o serviço dos parceiros. Alguns processos ficam dependentes, mas o Nubank vai absorver toda a gestão”, disse Chanes.

Planos

De acordo com o Nubank, o serviço do NuCel terá cobertura de 93% do território nacional e conexão 5G. Não há roaming internacional nesse momento e, por enquanto, o uso dos serviços será disponibilizado gradualmente na plataforma apenas por meio de eSim, mas a CEO do Nubank disse que haverá o lançamento futuro do SIM card. A ativação é digital e há três opções de planos: 15GB por R$ 45 20GB por R$ 55 e 35GB por R$ 75, todos mensais.

“A gente não quer que se encaixe em nenhum dos dois conceitos (pré-pago ou pós-pago) na percepção do cliente. Os planos trazem vantagens das duas modalidades”, afirmou Chanes.

O pagamento da conta de telefonia móvel será feito pelo cartão de crédito do banco.

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Simone Costa

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