Com limitação de smartphones, Claro faz uso simultâneo de 5G NSA e SA

De acordo com operadora, alternativa proporciona aos usuários com aparelho compatível atingir velocidades de 1GB mesmo sem trocar de chip.

O diretor de Redes de Acessos Móveis da Claro, Celso Birraque, explicou em live realizada pelo Tele.Síntese, nesta segunda-feira, 15, que a operadora está fazendo uso simultâneo do 5G SA e NSA (respectivamente, standalone, ou 5G puro, e não standalone). A configuração contorna a limitação de chips com acesso à tecnologia.

“A gente quis dar para os nossos usuários a facilidade de, tendo um aparelho 5G, com o chip que ele tem hoje, já conseguir fazer o uso da frequência de 3,5GHz com 100 MHz, podendo atingir velocidades de 1GB sem fazer absolutamente nada no seu aparelho”, justificou Birraque.

Ainda antes da operação oficial do 5G nas capitais, clientes da Claro já podiam acessar o 5G por DSS, a funcionalidade que permite que o 5G trafegue na mesma banda de frequência do 4G. Após o leilão da faixa de 3,5 GHz, a operadora resolveu manter parte da operação.

“A nossa opção foi por configurar a frequência nova nas duas topologias, em NSA e SA. Porquê? Primeiro, você não tem ainda uma penetração significativa de terminais compatíveis com SA, ao passo que no NSA todos os terminais que a gente colocou na rede desde a época que a gente lançou o primeiro terminal, com o Edge Motorola [julho de 2020], já suportava o 3,5 GHz em NSA”, afirma Birraque.

O diretor de Redes de Acessos Móveis da operadora destaca que o cliente que quiser usar o 5G puro deve, além de ter o aparelho compatível, também trocar de chip.

Questionado sobre a diferença da velocidade de 5G NSA e SA, Birraque afirma que, na prática, é “nenhuma”. “Ele [usuário] vai ter uma velocidade muito parecida , uma latência parecida e seus serviços de game e vídeo de uma forma extremamente agressiva perto do 4G”, afirmou.

Destino do 2,3 GHz e 26GHz

Birraque afirma que a faixa 2,3 GHz pode ser de 4G e 5G. “Em alguns lugares, já estamos combinando os 50 MHz do 3,5 GHz com o 50 MHz do 2,3 GHz e você atinge uma taxa altíssima”.

Já para a faixa de 26GHz, devido sua grande capacidade mas alcance reduzido de abertura, o diretor afirma que “é natural que se espere dessa aplicação usos em situações em que se tem uma concentração grande de pessoas”.

Em paralelo, ainda sobre a faixa de 26GHz, a operadora busca soluções para ampliar a cobertura. “Nós já fizemos alguns cases de aplicações bem interessantes em parceria com emissoras de TV, fazendo transmissões, foi um sucesso, mas ainda demanda uma aplicação mais controlada enquanto vai se evoluindo”, disse Birraque.

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Carolina Cruz

Repórter com trajetória em redações da Rede Globo e Grupo Cofina. Atualmente na cobertura de telecom nos Três Poderes, em Brasília, e da inovação, onde ela estiver.

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