Cibersegurança: Estados Unidos vão punir big techs por falhas

Em “Estratégia Nacional de Cibersegurança”, governo Biden diz que líderes de mercado devem assumir uma parcela maior dos esforços de mitigação de riscos no ambiente digital
EUA vão cobrar grandes empresas por falhas de cibersegurança
Estratégia dos EUA para cibersegurança prevê leis e responsabilização de grandes empresas (crédito: Freepik)

Para fortalecer as capacidades de segurança cibernética, o governo dos Estados Unidos deve “desenvolver e aplicar regras e normas de conduta no ciberespaço”. Além disso, a administração de Joe Biden planeja reequilibrar as responsabilidades relacionadas à proteção no ambiente digital.

Tais iniciativas constam na “Estratégia Nacional de Cibersegurança” (The National Cibersecurity Strategy), publicado na quinta-feira, 2, pelo governo dos EUA. O documento reúne as diretrizes do atual governo norte-americano para a segurança na internet.

Segundo a Casa Branca, os Estados Unidos buscam, nesta década, avançar no que diz respeito a políticas para o ciberespaço com a intenção de promover segurança econômica e prosperidade, democracia responsiva e respeitadora de diretos e uma sociedade vibrante e diversa.

A estratégia indica que o governo deve cobrar mais as grandes empresas de tecnologia por medidas de segurança cibernética.

“Os atores maiores, mais capazes e mais bem posicionados do ecossistema digital – sejam eles do setor público ou privado – podem e devem assumir uma parcela maior da responsabilidade pela mitigação do risco cibernético”, diz trecho do comunicado da Casa Branca. “Quando as entidades dos setores público e privado enfrentam dilemas entre correções temporárias e soluções de longo prazo, elas devem ter recursos, capacidades e incentivos para escolher o último”, acrescenta.

A estratégia de segurança cibernética da administração Biden contempla cinco pilares: defender infraestruturas críticas; desfazer e desmantelar agentes de ameaça; moldar as forças de mercado para impulsionar segurança e resiliência; investir em um futuro resiliente; e forjar uma parceria internacional para perseguir objetivos compartilhados.

“Esta estratégia reconhece que uma colaboração robusta, particularmente entre os setores público e privado, é essencial para proteger o ciberespaço”, afirma o presidente Joe Biden, no prefácio do documento. “Devemos garantir que a Internet se mantenha aberta, livre, global, interoperável, confiável e segura – ancorada em valores universais de respeito aos direitos humanos e liberdades fundamentais”, ressalta o chefe de Estado norte-americano.

O Gabinete do Diretor Nacional Cibernético (ONCD, na sigla em inglês) ficará responsável pela implementação das medidas. No documento, Biden ressaltou que trabalhará com o Congresso para providenciar recursos e ferramentas necessárias para a política de cibersegurança. Em 2021, o governo norte-americano anunciou um pacote de US$ 65 bilhões para ampliar a infraestrutura de banda larga.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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