Chimara: Conectividade – aspecto essencial na vigilância patrimonial
Por: Henrique Chimara*
O setor de telecomunicações teve desenvolvimentos robustos nos últimos anos, com a evolução da conectividade. A conexão 4G, já tradicional e bem estruturada, está implementada em praticamente todo o Brasil, chegando inclusive em áreas bastante remotas, para as quais leva alta capacidade de transmissão de dados. Enquanto isso, o 5G hoje está em mais de 3 mil cidades brasileiras e, até 2030, deve atingir 61% da base móvel mundial – se mostrando uma forma promissora de conectividade.
Enquanto a evolução tecnológica segue trazendo transformações às nossas relações cotidianas, o setor de sistemas de monitoramento para proteção de casas e comércios não fica de fora, utilizando estes desenvolvimentos em prol da vigilância patrimonial.
O uso da rede 4G neste mercado é um exemplo claro de como estes avanços podem ampliar a sensação de segurança para a população, especialmente em regiões mais afastadas, onde a infraestrutura antiga não chegava.
O verdadeiro impacto disso está na eficiência da proteção, penso eu. Esses aspectos tornam possível o envio rápido de dados importantes, como imagens de câmeras de monitoramento, e permitem a comunicação via VoIP (voz sobre IP), uma alternativa valiosa em situações de emergência.
Resiliência e redundância
Embora o Brasil ainda enfrente desafios de cobertura homogênea devido à sua extensão territorial e à existência de “zonas de sombra”, dispositivos que aproveitam, além do 4G, também o 2G e o 3G como alternativas de comunicação para momentos de instabilidade, asseguram um sistema robusto. Essa redundância de sistema, que acontece pelo uso das diferentes formas de conexão, garante o acesso constante ao sinal, para que assim, equipamentos que dependam desta conexão ininterrupta, possam garantir seu funcionamento em qualquer circunstância.
IoT, 5G e IA – siglas que trabalharão em conjunto
Como disse anteriormente, o futuro do setor parece ainda mais promissor com a consolidação que o 5G terá nos próximos anos, prometendo uma revolução significativa em vários setores da sociedade, incluindo a vigilância patrimonial.
Sua capacidade de transmitir imagens em alta resolução e, futuramente, vídeos em tempo real, com maior qualidade e velocidade, abrirá novas possibilidades para sistemas de vigilância. Além disso, o uso de Inteligência Artificial (IA) integrada a esses dispositivos de Internet das Coisas (IoT), como uma fechadura inteligente, um sistema de alarme ou um sensor de ambientes – pode trazer uma detecção mais precisa de situações de risco, reduzindo alarmes falsos e aumentando a confiança do usuário.
No entanto, essa evolução também nos convida a refletir sobre os desafios que acompanham a modernização: como a implementação da infraestrutura necessária para manter o 5G em operação em áreas remotas, por exemplo.
De qualquer maneira, o atual uso do 4G e, futuramente, do 5G em sistemas de segurança e vigilância é mais do que uma questão de conectividade: é sobre como a tecnologia pode ser colocada a serviço da população, trazendo conforto, proteção e, acima de tudo, tranquilidade.
Para garantir que esses benefícios sejam amplamente sentidos, é fundamental que empresas trabalhem em favor de superar os desafios de conectividade que um país de dimensão continental como o nosso possuem para, assim, maximizar as oportunidades e possibilidades.
* Henrique Chimara é Diretor de Tecnologia e Projetos da Verisure Brasil