CEO da Vivo defende sociedade digital para diminuir desigualdade social no país
O CEO da Vivo, Christian Gebara, em apresentação no Painel Telebrasil 2022, defendeu o avanço da sociedade digital como forma de diminuir a desigualdade social no país. Para isso, ele entende que a regulação do setor deve continuar na trajetória de se calcar mais em princípios, como a regulação responsiva.
“Apesar dos avanços da inclusão digital, o Brasil ainda tem hoje 23% de taxa de desemprego em jovens com idades de 18 a 24 anos; apenas 27% da população brasileira tem acesso a cartão de crédito; e 43% dos alunos de 15 anos tem índices abaixo do mínimo de proficiência”, pontuou o executivo.
Apontou também o rápido avanço no uso dos serviços digitais provocado pela pandemia do Covid-19, que mudou os hábitos dos habitantes de todo o globo nos últimos dois anos.
” Na telemedicina, ocorreu mais de 7,5 milhões de atendimentos virtuais entre 2020 e 2021. O e-commerce faturou R$ 161 bilhões em 2021, com 353 milhões de entrega. Já estão conectados à rede 447 milhões de dispositivos, ou, mais de dois dispositivos por habitante; e mais de 159 milhões de brasileiros acessam as mídias sociais diariamente”, assinalou Gebara.
O CEO da Vivo reproduziu ainda os números da operadora- R$ 27 bilhões de investimentos nos últimos dois anos, fibra óptica em 29 milhões de residências e empresas; e 29 milhões de residências fibradas até 2024, em parceria com a Fibrasil. E afirmou que a empresa quer continuar a ampliar seus serviços digitais e investimentos para “criar uma infraestrutura única e abrangente nesse país continental e criar um entorno mais aberto à inovação, com pessoas de perfis diferentes, com sociedade mais justa”.
Gebara defendeu ainda que a digitalização da sociedade não seja uma pauta setorial, mas esteja presente em todas as políticas públicas. ” Que a pauta da digitalização não esteja só no Ministério das Comunicações, mas em todos eles”, defendeu. Entende que é preciso compartilhar responsabilidades para que as obrigações de digitalização não recaiam apenas para o setor de telecom. ” Precisamos compartilhar responsabilidades, no acesso ao dispositivo, na queda de tributação e na mudança de legislação mais orientada às novas tecnologias e ao novo consumo”, defendeu.