CEO da Telecom Italia propõe sua renúncia para acelerar venda da operadora
O CEO da Telecom Itália, Luigi Gubitosi, se propôs a renunciar do cargo caso isso acelere a decisão de vender ou não a operadora ao fundo estadunidense KKR. O executivo, no entanto, manteria seu cargo de diretor na empresa.
Em carta direcionada ao Conselho Administrativo, Gubitosi criticou os diretores por adiar a decisão para agradar um grupo de investidores. Hoje, a Vivendi detém 24% dos ativos da Telecom Itália. A acionista principal já deu sinais de ser contra a transação, enquanto o executivo sugeriu a entrada de mais acionistas na Telecom Italia.
De acordo com fontes da Reuters, há preocupações sobre um novo rebaixamento nas perspectivas financeiras da companhia. Isso seria um golpe para os detentores da dívida da Telecom Italia, que já é quatro vezes maior do que seu lucro. Nesse cenário, a KKR se apressou em fazer sua oferta, somado ao fato de que a operadora corria risco de violar cláusulas bancárias.
O CEO Gubitosi acrescentou na carta que a empresa poderia estar pronta em 72 horas para condução das due diligências, instrumento pelo qual potenciais compradores têm acesso aos números estratégicos das empresas.
A proposta
Agências internacionais de notícias divulgaram neste domingo, 21, a proposta da gigante americana de private equity KKR fez uma oferta de US$ 12,2 bilhões (10,8 bilhões de euros) para comprar a Telecom Italia, dona da TIM Brasil. A oferta preliminar em dinheiro da KKR é de 50,5 centavos de euro por ação e representa um prêmio de 46% em relação ao fechamento das ações da tele na sexta-feira.
Segundo as informações preliminares, a proposta está condicionada a uma auditoria de confirmação de cerca de quatro semanas, bem como o aval do governo, que tem o chamado “Golden Power” sobre a tele. Além do governo, um dos principais acionistas da empresa, a francesa Vivendi, disse achar a proposta muito baixa, o que se cogitou a possiblidade de ela ser majorada.
(Com agências internacionais)