CEO da TIM Brasil assume o comando da Telecom Itália
O Conselho de Administração da Telecom Itália (TIM S.p.a) decidiu ontem, 26, aceitar a renúncia de Luigi Gubitosi e indicar Pietro Labriola como o novo Diretor-Geral da companhia. Labriola continuará como diretor presidente da TIM Brasil. Foi transferido também para o presidente Salvatore Rossi as responsabilidades pelas parcerias e alianças, comunicação institucional, projetos de sustentabilidade e patrocínios, relações públicas e gestão de ativos e atividades vinculadas à defesa e segurança nacional.
No comunicado enviado na noite de ontem, a empresa afirma que ” nova estrutura de gestão de topo da empresa garante a plena operacionalidade do Grupo no interesse de todos os stakeholders. Assegura também, numa fase tão complexa, uma liderança coesa, firme e determinada, capaz de explorar em pleno as capacidades operacionais e de posicionamento da empresa no mercado, respeitando o papel de todos os acionistas e demais stakeholders envolvidos. A solução de governança identificada é uma etapa essencial do processo de Planejamento da Sucessão do CEO, que continua trabalhando o Conselho como um todo e em particular o Comitê de Nomeações e Remunerações, assessorado pelo assessor Spencer Stuart. Um compromisso que visa definir uma liderança executiva de médio prazo estável e duradoura da empresa, que leve em consideração a evolução da estrutura acionária da TIM e seu escopo de atuação”.
Pietro Labriola trabalhou nos últimos 20 anos no Grupo TIM em diferentes cargos de crescente responsabilidade até assumir a liderança global das atividades do Grupo no Brasil. “O seu perfil é caracterizado pela sua dimensão internacional e pelo reconhecimento como um dos maiores especialistas no mundo das telecomunicações e inovação”, diz o comunicado.
Proposta de compra
O conselho decidiu também criar um comitê ad hoc, composto pelo presidente do Conselho de Administração e quatro conselheiros independentes para analisar a proposta do fundo norte-americano KKR ( Kohlberg Kravis Roberts & Co), que no dia 19 de novembro apresentou uma proposta não vinculante no valor de US$ 12,2 bilhões pela empresa. A proposta do fundo sofre resistências do grupo Vivendi, pelo seu valor, que possui 24% das ações da Telecom Italia.
Conforme informações de agências estrangeiras, é possível que o KKR aumente a sua oferta inicial de 0,505 euro por ação, o fundo para 0,70 ou 0,80 euro por ação. O incremento na oferta teria o objetivo de diminuir as resistências da Vivendi.