CEO da Fox News, acusado de assédio sexual, com os dias contados
O canal de notícias mais rentável, de maior audiência e com as posições mais conservadoras dos Estados Unidos está agora vivenciando um dramalhão de novela mexicana, com direito a escândalos, denúncias de assédio sexual e demissões dos principais executivos.
Os principais jornais dos Estados Unidos -e mesmo da Europa – informam hoje,20, que Roger Ailes, o presidente todo poderoso da Fox News, que criou o canal há mais de 20 anos, e é um importante interlocutor do Partido Republicano norte-americano, está sendo pressionado pelo dono do conglomerado de mídia, Rupert Murdoch, para deixar a empresa.
Os termos de sua saída não foram revelados, mas já circulam informações que o executivo deixaria a emissora com um pacote de US$ 40 milhões em bônus. No ano passado, o executivo ganhou US$ 5 milhões de salário e mais US$ 21 milhões de extras.
E a demissão viria porque a jornalista Gretchen Carlson ingressou com ação na justiça contra ele, alegando assédio sexual. Segundo ela, Ailes a demitiu porque ela passou os últimos 11 anos em que trabalhou na emissora se negando a fazer sexo com ele.
Conforme informações do Financial Times, Ailes, que nega as acusações, estaria furioso com a família Murdoch por ter permitido a abertura de uma investigação interna, no início de julho, para apurar o fato. Há especulações de que, com a saída do CEO, as principais estrelas norte-americanas do canal também deixariam a emissora, já que o contrato deles estaria vinculado à permanência do executivo.
No ano passado, o canal registrou lucros de US$ 1,5 bilhão, quatro vezes maiores do que os da CNN, segunda colocada nos Estados Unidos.