Campos Neto vai cumprir todo o mandato a frente do BC

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que cumprirá seu mandato e ficará no comando do BC até dezembro de 2024
Campos Neto fica no BC até 2024 - Crédito: Flickr BC
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central – Crédito: Flickr BC

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que cumprirá seu mandato e ficará no comando do BC, a autoridade monetária até dezembro de 2024, quando se encerra o 1º mandato. Ele disse que a autonomia do BC será testada com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele participou nesta 4ª feira  de um evento do BlackRock Brasil, empresa de gestão de investimentos e serviços financeiros, em São Paulo.

O presidente do BC também disse que é importante que os dirigentes da autoridade monetária entendam que têm que cumprir os mandatos e para “exercer” a autonomia.

Afirmou ainda que a “incerteza fiscal” representa um “peso importante” no cenário econômico do país. E disse que, ao cumprir o seu mandato no BC,  se a situação fiscal piorar, irá reagir. Isso significa que a instituição pode elevar os juros da economia, instrumento que o Banco Central tem para controlar efeitos adversos de uma expansão fiscal, como o aumento da inflação.

“O que a gente tem vivido é um mar de incerteza há bastante tempo E a gente tem uma incerteza grande em relação à inflação, que eu acho que agora começa a passar por um ponto de inflexão. Tem uma incerteza ainda grande em relação ao efeito, a parte de crescimento  Mas tem uma incerteza fiscal hoje que passa a fazer um peso importante”, disse Campos Neto durante uma palestra.

Setores econômicos vêm alegando nos últimos dias que a proposta de emenda à Constituição (PEC) da transição pode afetar a estabilidade fiscal. A medida prevê tirar da regra do teto de gastos toda a despesa com o Bolsa Família, valor que deve ser de R$ 175 bilhões em 2023.

O governo eleito afirma que a iniciativa é essencial para garantir condições básicas de vida para as parcelas mais pobres da população e que os gastos extras não vão desequilibrar as contas públicas.

(com agências).

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Redação DMI

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