Caem reclamações do 4G na Anatel, com “soluço” da Oi quase resolvido

Segundo a Anatel, o número de reclamações em seus sistemas caiu no início do ano, mas ainda há questões relacionadas à degradação que precisam ser resolvidas pelas operadoras. Mas a migração dos clientes da Oi, no entender da agência, foi benéfica para eles.
Soluço da Oi na qualidade do 4G já resolvido. Crédito-Freepik
Para a Anatel, as vantagens da migração são maiores. Crédito-freepik

O “soluço” na qualidade do 4G  provocado pela migração dos usuários da Oi para as três grandes operadoras – Claro, TIM e Vivo – está praticamente resolvido, informou hoje, o superintendente de Controle de Obrigações da Anatel, Gustavo Borges. Segundo ele, o site da agência já confirmou queda nas reclamações nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, frente ao aumento verificado no final do ano passado.

“Faremos uma reunião ainda esta semana com as operadoras, para acompanharmos as medidas tomadas e demais providências. O pior já passou, mas há questões relacionadas à degradação que ainda precisam ser esclarecidas e resolvidas e vamos cobrar das empresas”, afirmou Borges.

Ele observou que, para a Anatel, a migração dos clientes da Oi para as três operadoras que compraram os seus ativos foi mais vantajosa para o usuário, tendo em vista que ele passou a contar com redes de celular mais amplas do que a Oi tinha, além de contar com serviços de banda larga mais eficientes, tendo em vista que a Oi não tinha frequência para recepcionar a nova tecnologia aos seus clientes .

A Oi não participou do leilão de venda do espectro de 700 MHz, realizado pela Anatel em 2014, “sobrando” o pedaço da sua faixa, que acabou sendo vendido no leilão do 5G, promovido pela agência em novembro de 2021 e arrematado pela operadora Winity, controlada pelo fundo Pátria Investimentos.

Open Signal

Borges assinalou que a pesquisa promovida pela Open Signal, e publicada pelo Tele.Síntese  contratada pela Anatel, confirma o “up grade” nos serviços dos clientes da Oi. A empresa constatou aumentos na velocidade, na disponibilidade e nas métricas de experiência para esse grupo de usuários.

A queda na qualidade dos serviço móvel 4G foi ressaltada pelo ministro das Comunicações, Juscelino Filho, durante a sua primeira reunião com os diretores das operadoras nacionais de telefonia móvel e a entidade patronal, a Conexis, no mês passado. E, segundo o CEO da Claro, Paulo Cesar Teixeira em entrevista coletiva na semana passada, seria um “soluço” provocado pela migração de milhares de clientes de uma única vez, concentrada no mês de novembro, mas que já teria sido resolvida.

 

 

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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