Cade aprova compra de ativos da NCR Brasil pelo Itaú

Itaú adquiriu a totalidade dos ativos de software de automação de pagamentos da NCR Brasil voltado para o varejo; Cade aprovou sem restrições

Cade aprova compra de ativos da NCR Brasil pelo Itaú

A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a aquisição da totalidade dos ativos de automação da NCR Brasil pelo Itaú Unibanco. A aprovação, publicada nesta quinta-feira, 15 de agosto, no Diário Oficial da União, foi dada pelo órgão regulador sem restrições.

A compra da totalidade dos ativos de software de automação de meios de pagamento da NCR Brasil foi anunciada pelo Itaú no início de julho. O valor da aquisição não foi divulgado na ocasião.

As soluções de software de automação de meios de pagamentos eletrônicos da NCR Brasil são voltadas para o varejo, principalmente para “o varejo físico com funcionalidades para Transferência Eletrônica de Fundos (TEF), que atende, apenas de forma residual, o comércio virtual como gateway de pagamentos eletrônicos”, destaca o processo que transitou no Cade.

De acordo com o documento, as empresas ainda detalharam tratar-se de uma solução agnóstica, ou seja, apta a se conectar ao sistema de qualquer adquirente ou autorizador, sendo que o cliente é quem escolhe com quem deseja trabalhar. “O que, aliado às baixas participações de mercado envolvidas, afasta qualquer risco de tentativa de fechamento de mercado por parte da compradora após a operação”, explicaram as empresas no processo.

Itaú e NCR Brasil também justificaram ao Cade o motivo para a concretizarem a operação. “Para o Itaú Unibanco, ela representa uma oportunidade para ampliar seu portfólio de produtos e serviços voltados para empresas do setor de varejo. Já para a NCR Brasil, o desinvestimento faz parte da decisão do grupo de focar-se em ativos voltados exclusivamente para clientes da indústria de banking”, mostra o processo.

Para a sua aprovação, o Cade considerou que “a participação do Negócio Alvo no mercado ora em análise situa-se abaixo do patamar de 30%, indicando-se ausência de capacidade de fechamento também deste mercado após a operação”.

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Simone Costa

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