BT demitirá até 55 mil funcionários nos próximos sete anos

Para reduzir custos, empresa britânica planeja diminuir quadro de pessoal em cerca de 42%; investimentos em rede de fibra óptica, no entanto, seguem nos planos
BT anuncia corte massivo de funcionários para os próximos sete anos
Corte de funcionários da BT pode reduzir quadro de empregados em mais de 40% (crédito: BT Group/Divulgação)

A British Telecom, também chamada de BT Group, anunciou, nesta quinta-feira, 18, um corte que pode atingir até 55 mil funcionários. As demissões devem acontecer no período de cinco a sete anos. Com isso, a empresa deve reduzir a sua força de trabalho, atualmente composta por aproximadamente 130 mil empregados, em cerca de 42%.

A redução de pessoal foi confirmada por Philip Jansen, CEO da BT, no balanço financeiro do quarto rimestre do ano fiscal de 2023, encerrado no mês de março.

“Ao continuar a construir e conectar, digitalizar a forma como trabalhamos e simplificar a nossa estrutura, até o fim da década de 2020 o BT Group contará com uma força de trabalho muito menor e uma base de custos significativamente reduzida”, afirmou o CEO, em trecho do informe financeiro. “O novo BT Group será um negócio mais enxuto e com um futuro melhor”, acrescentou.

As dispensas, no entanto, devem ficar para depois que a companhia cumprir outros objetivos. A empresa destacou que planeja intensificar os investimentos na rede de fibra óptica, com a expectativa de ampliar a infraestrutura de FTTH (fibra até a casa) para 25 milhões de residências até o fim do ano de 2026.

O anúncio de que a BT revisará o quadro de pessoal e a estrutura organizacional segue planejamento similar anunciado pela rival Vodafone nesta semana.

Resultados

Segundo o balanço financeiro, a receita da BT caiu 1% no ano fiscal de 2023, totalizando 20,68 bilhões de libras esterlinas (R$ 127,48 bilhões), ante 20,85 bilhões de libras (R$ 128,52 bilhões) no exercício anterior.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebtida) ajustado somou 7,92 bilhões de libras (R$ 48,82 bilhões), alta de 5% na comparação com o ano fiscal de 2022.

No intervalo de 12 meses, a dívida líquida aumentou em 850 milhões de libras (R$ 5,30 bilhões), chegando a 18,86 bilhões de libras (R$ 116,26 bilhões). O lucro líquido, por sua vez, cresceu 50%, passando de 1,27 bilhão de libras (R$ 7,83 bilhões), no ano fiscal de 2022, para 1,9 bilhão de libras (R$ 11,71 bilhões), no exercício anual encerrado em março de 2023.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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