BRPhotonics vende ativos e encerra atividades

Criada para desenvolver e comercializar componentes fotônicos no mercado internacional, a empresa não se viabilizou.

abstrata 07Com a venda dos seus ativos para empresas interessadas, a BrPhotonics (BrP) concluiu oficialmente, no mês de agosto, o processo de encerramento de suas atividades. Em nota oficial divulgada hoje, 21,, o CPqD, um dos sócios da empresa, informa que os ativos foram vendidos para empresas diferentes, que apresentaram propostas compatíveis com o valor dos equipamentos e outros bens de propriedade da BrP que teve suas atividades interrompidas em dezembro de 2017, por decisão dos sócios CPqD, Finep e o grupo IDT, dos Estados Unidos.

A Sylane Optics, fabricante de transceptores ópticos, uma das empresas que se interessou pelos ativos, em comunicado à imprensa divulgado nesta semana, informou que não recebeu resposta à sua proposta. “Nós contávamos com esta transação para expandir nossas operações em Campinas, mas como não tivemos nenhum retorno. Vamos buscar outras instalações”, diz Rudinei Santos Carapinheiro, diretor de novos negócios da Skylane.

Criada em 2014, a partir de parceria firmada entre o CPqD e a empresa norte-americana GigOptix, Inc., a BrP tinha como objetivo inicial desenvolver e comercializar no mercado internacional componentes fotônicos avançados para sistemas de comunicações ópticas de alta velocidade (acima de 100 Gbps) – uma área estratégica para o Brasil. Em meados de 2016, a Finep também se tornou sócia da empresa, ao fazer um investimento direto na BrPhotonics por intermédio do FIP Inova Empresa – no valor de R$ 15 milhões.

Nesse período, a GigOptix trocou de comando, passando a ser controlada pelo grupo norte-americano IDT, e alterou seu foco de atuação e sua área de negócios. Essas mudanças tiveram reflexo na BrPhotonics, que perdeu o braço de comercialização de seus produtos e soluções no mercado global. Além disso, teve seu foco redirecionado para o desenvolvimento de laser de cavidade externa para aplicações em transmissão óptica coerente de alta ordem – o que exigia investimentos.

Com isso, a sustentabilidade da empresa ficou seriamente comprometida, o que levou à decisão dos sócios de interromper suas atividades – apesar de todos os esforços feitos pelo CPqD no sentido de tentar viabilizar a BrPhotonics. (Com Assessoria de Imprensa)

Avatar photo

Da Redação

A Momento Editorial nasceu em 2005. É fruto de mais de 20 anos de experiência jornalística nas áreas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e telecomunicações. Foi criada com a missão de produzir e disseminar informação sobre o papel das TICs na sociedade.

Artigos: 11111