Brasileiros são adeptos a pagamento instantâneo
Brasileiros são os mais disponíveis para fazer pagamentos em tempo real e apenas 6% deles se preocupam com possibilidades de fraudes envolvendo esse modelo de transação, aponta a pesquisa, realizada pela FICO, especializada e software de análise preditiva. Globalmente, esse índice não ultrapassa 7%, mostra o estudo realizado com mais de 12 mil consumidores em 12 países.
O estudo traça o comportamento dos consumidores brasileiros e de outros países em relação à digitalização dos serviços bancários, uso de meios de pagamento em tempo real, tipos de fraude que mais os preocupam, gestão de fraudes e a importância da atuação das instituições financeiras para mitigar situações de vulnerabilidade.
Para Fabricio Ikeda, diretor global de fraude e compliance da área de parcerias da FICO, os índices positivos de combate e prevenção à fraude no Brasil estão intrinsecamente ligados à atuação dos bancos.
“Com a popularização do PIX entre os brasileiros e o rápido crescimento dos meios de pagamento em tempo real, há também a necessidade de inovação, monitoramento e vigilância constante para uma ação efetiva sem desgastar o relacionamento construído com o cliente”, diz.
Comportamento do consumidor
Mudanças nos processos de autenticação e compras legítimas negadas pelo cartão representam 24% e 27% dos motivos de irritação dos clientes, respectivamente. Mas é a lentidão no alerta de fraudes para compras recusadas, ou que nunca chegam, o que mais irrita os consumidores (49%).
“Brasileiros esperam que o banco ofereça uma experiência positiva por meio de controles inteligentes de gestão de fraudes e comunicações proativas. Por isso, implementar modelos analíticos orientados por inteligência artificial e machine learning ajudam a detectar e prevenir fraudes com menos atrito com o cliente”, afirma Ikeda.
Segurança transacional
Quando questionados sobre sua percepção em relação à segurança, 69% dos respondentes acreditam que os bancos fazem um bom trabalho para manter as operações e as contas seguras, índice um pouco abaixo da média global que indica 72% de confiança. Já 26% discordam dessa realidade, o equivalente a 30 milhões de correntistas.
A confiança nas transações também oscila de acordo com o canal. Enquanto o pagamento via bancos tem a confiança de 58% dos entrevistados, as transferências bancárias foram apontadas por 53% deles, seguidas por transações com cartões on-line (47%) e em lojas (44%). Isso representa quase 50 milhões de titulares de cartões que se sentem inseguros.
(Com assessoria)