Brasil sobe quatro posições nos preços mais baixos de banda larga residencial

No país também há grande variação de preço entre os pacotes de entrada com a média global, o que aponta para dificuldade dos brasileiros de adquirirem internet mais rápida

O Brasil é o 49ª país com a menor média de preços de pacotes banda larga residenciais no segundo trimestre de 2021. No mesmo período do ano passado, o país ocupava a 53º posição. Nos primeiros lugares estão Ucrânia, Belarus e Rússia, conforme o relatório da consultoria Point Topic. O levantamento rastreou 300 operadoras de 90 países para calcular tendências e variações do custo da banda larga.

O valor da banda larga para pacotes residenciais baseados em cabo ou fibra óptica continua a cair, enquanto o de cobre aumenta. No segundo trimestre de 2021, a tarifa média da fibra diminuiu 14,4% e do cabo 1,2% em comparação com o mesmo período de 2020. Já o preço médio mensal do cobre subiu 15,7%.

No mesmo período, a largura de banda downstream média fornecida a assinantes residenciais aumentou 38,2% por conta do aumento na largura de banda fornecida em redes de fibra e cabo. As velocidades médias de download por fibra cresceram 42,1% e de cabo, 23,1%, à medida em aumentou a disponibilidade de  tarifas com mais gigabits.

O custo médio por Mbps nas três tecnologias desceu 33,3%, impulsionado pela fibra e cabo, cujas tarifas caíram 40% e 22,2%, respectivamente. Em termos de custo por Mbps, o cobre continua sendo de longe a tecnologia mais cara e, no segundo semestre, subiu mais 1,2%.

Vale ressaltar que no Brasil há grande variação entre a tarifa dos pacotes de entrada, pouco mais de US$ 40, e a média global, acima de US$ 100. Isso indica dificuldades para consumidores obterem mais larguras de banda em termos de custo.

banda larga

Banda larga empresarial

O aumento da largura de banda em pacotes empresariais baseada em fibra resultou em maior velocidade média geral de internet no segmento. A largura de banda média combinada de download cresceu 64,8% em comparação com o 2º trimestre de 2020 e ficou em 356 Mbps. Isso devido ao aumento da velocidade média no cabo e principalmente na fibra de 23,2% e 67,4%, respetivamente. Já o cobre manteve a mesma velocidade média de download.

Para as plataformas de cabo e cobre, o valor permaneceu inalterado. Como houve pequeno aumento na tarifa da fibra, o custo de planos para empresas cresceu 2,8%. No entanto, na relação de preço por Mpbs, o relatório registrou redução de 39,9% em relação ao 2º trimestre de 2021. Essa queda significativa se deu, em grande parte, pelo fato de que as conexões de banda larga de fibra se tornarem muito mais baratas.

Tarifas regionais e largura de banda

Por muitos trimestres, a região Ásia-Pacífico domina com as maiores larguras de banda pelo menores preços em pacotes residenciais, já que as operadoras continuam a promover os serviços de fibra. Novamente, a região está em primeiro lugar com largura de banda de 1.153 Mbps, quase o dobro do 2º trimestre de 2020, quando chegou a 657 Mbps. Já a tarifa subiu pouco indo de US$ 62,7 para US$ 65,4.

Nesse ranking, a América Latina está em terceiro lugar. A velocidade média de downlink saiu de 131,28 Mbps para 235,79 Mbps em um ano e os preços caíram de US$ 156,75 para US$ 115,66. Apesar da queda, a região segue como o segundo mercado mais caro, perdendo apenas para a África e Oriente Médio.

Na relação de países, o Japão é o que possui o Mbps mais barato, chegando a US$ 0,02. Em seguida, vem Suíça (US$ 0,03), Coreia (US$ 0,04), Romênia (US$ 0,04) e Cingapura (US$ 0,05).

Já os pacotes empresariais mais baratos para banda larga estão na Europa Oriental e América do Norte. A Europa Ocidental ultrapassou a Ásia-Pacífico pela maior velocidade média de download de 534 Mbps. Com isso, a região passa a oferecer melhor custo-benefício em escala empresarial. A largura de banda média aumentou em todas as regiões. Já a cobrança mensal média da banda larga aumentou em todos os lugares, exceto na Ásia-Pacífico e na América do Norte.

 

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Da Redação

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