Brasil se destaca em inovação entre países de renda média

O país também subiu cinco posições no ranking de inovação geral, estando entre os quatro países da América Latina dentro do top 60
Inovação
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Pela primeira vez, o Brasil está entre os países de renda média que superaram as expectativas na performance de inovação, atrás apenas da China, Bulgária e Tailândia, nessa ordem.

Essa classificação foi produzido pelo Global Innovation Index 2021 e leva em conta a condição econômica do país. O ranking tem, no total, quatro categorias: performance acima das expectativas para nível de desenvolvimento;  performance em linha com nível de desenvolvimento; e todas as outras economias

Já no ranking geral, o país também subiu cinco posições, chegando a 57º posição. Com isso, o Brasil passa a ocupar maior posição em inovação desde 2012. Porém, o relatório GII 2021 afirma que, com a exceção do México, não houve muito avanço em inovação na América Latina. Apenas outros três países da região conseguiram ficar no top 60. São eles: Chile (53º), México (55º) e Costa Rica (56º).

O Brasil foi a única economia da região cujos gastos em P&D estão acima de 1% do PIB. O valor é comparável a algumas economias europeias, como Croácia e Luxemburgo. Além disso, o país é um dos seis de renda intermediária a hospedar clusters de ciência e tecnologia. A pesquisa observou altas taxas de crescimento em Delhi e Mumbai, na Índia, e em Istambul, na Turquia.

No quesito instituições, o Brasil ficou em 78º lugar ante 82º em 2020. Dentro de instituições há mais três critérios: ambiente político, no qual o Brasil ficou em 85º lugar em 2021 e 91º em 2020, ambiente de negócios (80º em 2020 e 2021) e ambiente de regulaçã0 (de 77 em 2020 para 74º em 2021).

Em sofisticação de negócio, o Brasil subiu uma posição, ficando em 34º, enquanto em sofisticação de mercado saiu de do 91º lugar em para 2020 para o 75º em 2021. Com produção criativa, o país avançou nove posições e chegou ao 66º lugar. No critério produção e conhecimento tecnológicos, o Brasil entrou para 51º colocação após subir cinco posições.

Resultados gerais

Conforme o relatório, investimentos demonstraram resiliência durante o período de covid-19. No geral, o investimento em P&D cresceu 10% de 2019 para 2020 entre companhias. Os líderes em inovação foram Suíça, Suécia e Estados Unidos. Ainda assim, poucas economias conseguiram entregar grandes performances no ranking.

A maioria das 25 economias mais inovadoras continuam a ser da Europa. No entanto, países da Ásia estão se destacando cada vez mais. A Coreia do Sul, por exemplo, entrou no top 5 pela primeira vez no GII 2021. Por sua vez, a China tem avançado na classificação de forma constante e estável, se aproximando dos dez melhores.

O volume de investimentos também variou de acordo com o segmento. Os setor de tecnologias de computação e comunicação cresceu, enquanto transporte e viagem declinaram. 80% das indústrias de TIC relataram aumento nos investimentos em P&D para softwares e 65% em hardware e equipamentos elétricos.

O relatório completo, em inglês, pode ser lido aqui.

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Da Redação

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