Brasil precisa manter o rigor fiscal para continuar avançando na economia

Mansueto Almeida, ex-secretário do Ministério da Fazenda nos governos Lula e Temer, aponta que país superou as expectativas do mercado, mas tem que controlar os gastos públicos

O Brasil não está ruim, tem superado, nos últimos quatro anos, expectativas negativas do mercado, mas precisa manter o controle do rigor fiscal das despesas permanentes para continuar avançando na economia. Essa foi a recomendação apresentada nesta sexta-feira, dia 10, por um dos maiores especialistas de contas públicas do país, o economista-chefe do Banco BTG, Mansueto Almeida, ex-secretário no Ministério da Fazenda nos governos Lula e Temer.

Evento Neo 25 Anos

“O Brasil não está ruim. Nos últimos quatro anos, o país tem sofrido adversidades, como a pandemia, e movimentos do Congresso Nacional para aumentar despesas permanentes, mas a gente precisa continuar avançando com o controle fiscal”, afirmou.

Almeida fez essa avaliação em palestra sobre “As Perspectivas Econômicas do País”, apresentada nesta sexta-feira, dia 10, no terceiro e último dia do evento promovido em Brasília para marcar os 25 anos de uma das maiores entidades de provedores de internet do Brasil, a Associação NEO.

Segundo o especialista, o mercado não reagiu negativamente quando o governo do presidente Lula anunciou que deixaria de adotar o déficit zero nas contas da União porque era uma meta inatingível.

“O governo previu um superávit de R$ 50 bilhões, nos próximos anos. É elevado, mas, se ficar em R$ 24 bilhões, vai ser muito bom”, avaliou, destacando que hoje o Brasil tem um Banco Central independente para combater a inflação.

Ao lado disso, o economista assinalou que o país vem avançando nas exportações e na geração de empregos e ainda registra uma das taxas de inflação anual mais baixas dos últimos 20 anos.

Nova regulamentação

Para o palestrante, um dos principais avanços identificados no Brasil desde o início dos anos 2000 foi a expansão da conectividade no país, após a privatização do setor de telecomunicações no final da década de 1990.]

“Hoje, temos banda larga, seja para residências, seja para escolas públicas do interior do Brasil e com qualidade às vezes melhor do que a que tenho em São Paulo, onde moro”, comparou, elogiando os pequenos provedores por terem expandido a banda larga no país”. (Por Abnor Gondim)

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