Brasil tem maior tendência de continuidade do trabalho remoto após pandemia, diz pesquisa da Amdocs

Segundo pesquisa da Amdocs, 59% dos brasileiros afirmaram que trabalharão um pouco ou muito mais de forma virtual após a crise de Covid-19. O estudo também registrou que brasileiros têm trabalhado 3 horas a mais na internet por dia.
Clayton Cruz, presidente da divisão da Amdocs para Caribe e América Latina

O Brasil, juntamente com o México, está entre os países com maior probabilidade de permanecer com o trabalho de casa, concluiu uma pesquisa da Amdocs chamada The Rise of New Enterprise Consumer. Isso porque 59% dos brasileiros afirmaram que irão trabalhar mais ou muito mais remotamente quando a Covid-19 acabar. No México esse número foi de 40% e, no mundo, 35%.

A pesquisa ouviu 300 pessoas no Brasil em dezembro de 2020, de um total de 3 mil entrevistados. De acordo com Cleyton Cruz, presidente da divisão para Caribe e América Latina da Amdocs, o levantamento visou descobrir as novas necessidades dos consumidores finais após as mudanças trazidas com a pandemia. “A empresa está enxergando um novo modelo de consumidor”, disse.

O estudo indicou que brasileiros passaram a ficar 3 horas a mais  na internet por dia durante o trabalho remoto com a chegada do novo coronavírus. O tempo subiu de 3 horas e 41 minutos por dia para 6 horas e 44 minutos. Enquanto no mundo, esse número cresceu de 3 horas e 4 minutos para 4 horas e 59 minutos.

Além de maior tempo de trabalho na internet, aumentou o consumo de conteúdos de streaming, que no Brasil saiu de 2 horas e 30 minutos para 3 horas e 43 minutos. Globalmente, o aumento foi ainda maior, de 3 horas e 4 minutos para 5 horas e 4 minutos. Em relação a televisão, o Brasil apresentou acréscimo de 1 hora, chegando a 3 horas e 48 minutos por dia, enquanto o mundo teve 1 hora e 21 minutos, alcançando 4 horas e 14 minutos.

Durante o período, 79% dos entrevistados brasileiros relataram que buscaram aprimoramentos dos conteúdos nas plataformas durante a pandemia de 2020. Porcentagem bem superior a média mundial, de 56%.

Outra descoberta da pesquisa foi as maiores preocupações dos consumidores, que tem sido a desconexão da internet, relatado por 50% dos entrevistados do mundo e do Brasil. Para os brasileiros, outras fontes de preocupação são a perda de informações (28%) e ataques cibernéticos (19%).

Serviços de segurança e de nuvem estão entre aqueles considerados como de maior valor agregado no Brasil, com 54% e 47%, respectivamente. O controle de acesso a internet dentro de casa ficou em último lugar com 38%.

Nas configurações de acesso à internet, 56% dos brasileiros consideraram mais importante a cobertura do Wi-Fi. Em segundo lugar, ficou navegação estável com 53%. Depois, seguem a correspondência da velocidade de internet prometida com a realidade (39%), navegação e trabalho simultâneo (39%) e velocidade de download e upload (27%).

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Da Redação

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