Brasil é o terceiro maior consumidor global de APIs
O Brasil é o terceiro maior consumidor de APIs (Application Programming Interfaces) global, sendo superados apenas pela Índia e Estados Unidos. No ano passado, 52,4 milhões de APIs movimentaram os negócios no mercado interno. Em termos de publicações dessas interfaces, o país ocupa a quarta colocação.
O estudo Distributed gateway actors: Evolving APIs management , desenvolvido pelo F5 CTO Team, analisa a explosão das APIs e o papel da disciplina de gerenciamento de APIs e de APIs Gateways para adicionar mais segurança e controle a esse modelo.
“A economia de APIs é uma realidade no país – conexões de dados entre aplicações de missão crítica de organizações diferentes aceleram os negócios e criam marketplaces e ecossistemas que se destacam pela agilidade e inovação”, ressalta Vitor Gasparini, engenheiro de soluções da F5 Brasil. Mas ele ressalta que há muito a ser feito em relação à maturidade do mercado brasileiro de APIs.
“Acontece hoje com as APIs o que se passou com as Web Applications ao longo dos últimos 20 anos: a rápida disseminação de um novo modelo sem, no entanto, o alinhamento às melhores práticas de segurança”. Na sua avaliação, da mesma forma que as Web Applications conquistaram maturidade faz-se necessário adicionar segurança aos processos de publicação e consumo de APIs.
Monetização
Uma das alavancas para este avanço é a monetização das APIs. A edição 2023 do estudo State of APIs, realizado pela Postman a partir de entrevistas online com 40.000 desenvolvedores e gestores de TI de todo o mundo, indica que 75% deste universo acreditam que APIs geram riqueza para as organizações onde trabalham; 60% veem as APIs como produtos digitais de suas empresas ; 43% vão além e afirmam que 25% da rentabilidade da organização está baseada na publicação e consumo de APIs.
“Para ser bem-sucedida, a monetização exige que o acesso à API seja gerenciado com rigor. O cliente que contratar um serviço premium, tem mais direitos de acesso do que um cliente que paga o mínimo”, explica Gasparini. “Soluções de segurança para APIs conseguem identificar o acesso ilícito e bloquear essas tentativas, preservando a saúde monetária da organização”, completa.
Esse é apenas um dos pontos vulneráveis da economia de APIs. Numa resposta de múltipla escolha, 30% dos desenvolvedores e gestores indicaram que falhas de autenticação, autorização ou controle de acesso de APIs são suas maiores preocupações. 18% sofrem com vazamentos de dados, enquanto 16% lutam com dificuldades de segurança trazidas pela própria lógica dos negócios – falhas frequentemente ligadas a ecossistemas ou marketplaces. 13% tentam contornar falhas nos processos de logging e monitoramento e, finalmente, 8% acusam o golpe de ataques DoS focados nas APIs
No mês passado, o Brasil figurava na quarta colocação entre os países com mais APIs no mundo, como indicou o relatório State of the API 2022, realizado pela Postman.