Brasil é o primeiro país a abrir dados sobre infraestrutura de fibra óptica na UIT
A secretária-geral eleita da União Internacional de Telecomunicações (UIT), Doreen Bogdan-Martin, anunciou, nesta quinta-feira-feira, 17, que o Brasil é o primeiro país a abrir os dados sobre a infraestrutura de redes terrestres.
“Tenho o prazer de anunciar o Brasil como o primeiro país a tornar público o seu conjunto de dados de fibra terrestre coletados pela UIT”, afirmou a secretária-geral, em post publicado no Twitter. “O Fiber Open Data pode promover maior conhecimento da infraestrutura de TIC [Tecnologia da Informação e Comunicação] para tomada de decisão e novas soluções de conectividade”, complementou.
Bogdan-Martin também destacou que o projeto Escola Conectada, da Giga Global – uma parceria da UIT com a Unicef, braço da Organização das Nações Unidas (ONU) para a infância – usa os dados brasileiros para mapear a infraestrutura e identificar opções de conexão em escolas levando em conta o custo-benefício das operações.
O mapa, com detalhes sobre a estrutura de conexão do País, é fornecido pelo Project Connect, ferramenta que visa a criar uma representação ao vivo de todas as escolas do mundo e apontas as respectivas condições de conexão à internet.
Os dados indicam para 730 mil quilômetros de rotas de fibra conectando o país, incluindo cabos submarinos. As rotas terrestres somam 123,76 mil km, dos quais 113,32 mil estão operacionais. Vale notar que a métrica não calcula a sobreposição de fibra ou quantidade de fibras nos cabos.
No Brasil, por exemplo, o mapa indica a existência de 187,9 mil escolas, das quais 114,5 mil estão conectadas à rede mundial de computadores. A velocidade média de download das escolas brasileiras é de 38,4 Mb/s. A ferramenta também aponta em quais regiões a conexão é boa, moderada, sem conectividade ou sem dados disponíveis.
O mapa é composto por dados fornecidos pelo governo brasileiro, Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), Ericsson, Meta e a própria UIT.
A respeito do pioneirismo, também no Twitter, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) se manifestou dizendo que “os dados abertos promovem o conhecimento sobre infraestrutura e ajudam na tomada de decisões sobre conectividade”.