Brasil é o 4º país do mundo em ataques DDoS a partir de dispositivos IoT
O Brasil já o quarto país quanto à origem de ataques de negação de serviço (DDoS) a partir de aparelhos de internet das coisas (IoT). Segundo a empresa gerenciamento de aplicações F5 Networks, apenas China, Vietnam e França têm mais dispositivos conectados “zumbis”.
Os ataques são baseados em Botnets (redes automatizadas) de dispositivos IoT. Isso inclui câmaras de vídeo como as usadas no maciço ataque de negação de serviço disparado sexta-feira, dia 21 de outubro, contra grandes empresas dos EUA e que derrubou serviços como o Twitter e Spotify.
Os resultados vêm de pesquisa ataques contra 300 das maiores empresas do mundo – esse grupo inclui quatro gigantes brasileiros. “O levantamento mostra que o uso de dispositivos IoT para gerar ataques digitais não é uma tendência, é uma realidade”, alerta Rita D’Andrea, country manager da F5 Networks Brasil. Segundo o relatório, até 2019 as ações digitais criminosas trarão prejuízos da ordem de US$ 2,1 trilhões.
O cenário é alarmante. Na pesquisa, o Brasil saltou do 14º para o 4º lugar no ranking em seis meses. “A partir de julho, no entanto, o volume de ataques comandados a partir do Brasil foi tal que o país superou os EUA, a Alemanha, a Rússia e a Ucrânia neste ranking de malware”, detalha Rita. Os crackers que usam as botnets brasileira miram não apenas empresas locais, como globais.
Dados coletados pela F5 Networks indicam que o mercado global conta hoje com 25 bilhões de sensores IoT ativados e conectados. Apesar da capacidade de ataque de cada um desses dispositivos ser pequena, a quantidade e sua arquitetura distribuída permite que os crackers façam ataques que próximos dos terabits por segundo).