BNDES registra lucro de R$ 12,9 bi no 1T22
O BNDES, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, fechou o primeiro trimestre com lucro líquido recorde de R$ 12,9 bilhões, alta de 32% em relação ao mesmo período de 2021.
O desempenho foi influenciado por uma reclassificação contábil na participação acionária detida no frigorífico JBS, R$ 5,8 bilhões, pela receita com dividendos da Petrobras, R$ 3,0 bilhões, e pelo resultado líquido da venda de ações R$ 1,3 bilhão, afirmou Gustavo Montezano, presidente do BNDES, durante coletiva de imprensa realizada em modelo híbrido com jornalistas nesta quinta-feira, 12.
Na sua opinião, o banco de fomento que completa em junho 70 anos, está na direção correta. “Esse destaque de olhar inovador é o grande marco do resultado trimestral do BNDES, somada à estratégia de redução do risco de mercado da carteira de ações para atuação com mais impacto na ponta”, afirmou.
Do lado da estruturação de negócios, os três primeiros meses do ano foram marcados pela realização de leilões de de privatização da primeira autoridade portuária do Brasil (Codesa), com R$ 855 milhões em investimentos; a concessão do Parque Nacional do Iguaçu, com R$ 500 milhões em investimentos contratados, além de leilões de iluminação pública de Jaboatão dos Guararapes e Caruaru, em Pernambuco (beneficiando 1,08 milhão de pessoas e com investimento total previsto de R$ 189 milhões).
A carteira de Parceria Público Privadas (PPS), concessões e privatizações do BNDES conta com 153 projetos já estruturados ou em estruturação e 23 já leiloados, considerando um total de R$ 382 bilhões em investimentos. Apenas em ativos ambientais está em estruturação a concessão de 46 parques e 19 florestas, totalizando mais de 8 milhões de hectares.
O produto da intermediação financeira atingiu R$ 4,9 bilhões, 12% acima do registrado no primeiro trimestre de 2021. Esse resultado foi influenciado “pela elevação na taxa Selic, que remunera a carteira de tesouraria”, diz a nota do BNDES.
Os desembolsos para empréstimos vigentes somaram R$ 14,8 bilhões nos três primeiros meses de 2022, alta de 31% frente igual período de 2021. Médias, pequenas e microempresas ficaram com 38,1% dos recursos liberados. A carteira de crédito expandida atingiu R$ 442,9 bilhões no encerramento do primeiro trimestre, redução de 1,6% ante o fechamento de 2021.
A carteira de participações societárias totalizou R$ 79,2 bilhões no fechamento do primeiro trimestre, 19% acima do fechamento de 2021. Segundo a nota do BNDES, a reclassificação contábil da participação acionária no JBS puxou a valorização.
Segundo o banco de fomento, a inadimplência até 90 dias se manteve baixa, em 0,21% no fechamento do primeiro trimestre.