BNDES e Qualcomm Ventures selecionam gestor para fundo de IoT

Investimento em startups tem como objetivo desenvolver mercado de Internet das Coisas no Brasil

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Qualcomm Ventures LLC, braço de investimento da Qualcomm Incorporated, selecionaram a Indicator Capital como gestora de fundo de investimento em participações focado em startups que desenvolvam produtos e serviços para Internet das Coisas.

A expectativa é que o fundo levante R$ 160 milhões para investir no Brasil em empresas em estágio inicial de desenvolvimento. Além disso, o BNDES e a Qualcomm Ventures já se comprometeram a aportar até R$ 40 milhões cada. Outros investidores serão convidados a participar e auxiliar na composição do valor total. Dessa forma, o objetivo das empresas com o lançamento do fundo é fomentar o setor de IoT no Brasil.

Segundo Bruno Laskowsky, Diretor de Mercado de Capitais e Participações do BNDES, a iniciativa do fundo está alinhada com o propósito do Banco de tornar a economia mais produtiva. Ademais, destaca ainda a parceria com o setor privado: “A gente acredita que o Fundo de IoT estimula a formação de inovação como um todo e amplia nossa atuação estratégica de fomento ao mercado de capitais, fazendo com que a alocação do recurso público seja potencializada pela atuação em parceria com a iniciativa privada”.

“O fundo, cuja tese tem como base estudos realizados em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação (MCTI), já nasce com um investidor privado de presença internacional, demonstrando o potencial do IoT no Brasil. Esperamos que a Indicator Capital capte outros investidores privados, inclusive no modelo de corporate venture, catalisando um círculo virtuoso de investimento em pequenas companhias de base tecnológica”, explica Filipe Borsato, chefe do Departamento de Gestão de Investimentos em Fundos do BNDES.

Fundo

O fundo de IoT terá 10 anos de duração e espera-se investir em, pelo menos, 14 empresas. Sua política de investimentos irá contemplar companhias que desenvolvam aplicações de hardware, software e análise de dados voltadas prioritariamente para aplicações em áreas estratégicas, tais como manufatura avançada, cidades inteligentes, saúde, e smart agro.

O fundo estará alinhado ao Plano Nacional de Internet das Coisas. Essa política pública foi lançada em junho de 2019 para desenvolver o ecossistema de IoT no Brasil. E à nova regulamentação da Lei de Informática, que permite o investimento por fabricantes de eletrônicos, de recursos incentivados em fundos de venture capital.

IoT 

Conforme a União Internacional das Telecomunicações, IoT consiste em uma infraestrutura global que habilita serviços avançados por meio da interconexão entre coisas (físicas e virtuais).

O estudo “Internet das Coisas: Um plano de ação para o Brasil” indicou como prioritários quatro ambientes para o desenvolvimento de IoT no Brasil. Sendo eles: cidades inteligentes, saúde, rural e indústria 4.0; o que serviu de base para a definição do foco do atual fundo de IoT. A análise foi realizada em 2018 por um consórcio liderado pela consultora McKinsey.

De acordo com o trabalho, o impacto econômico global da massificação das tecnologias loT é estimado em até US$ 11 trilhões, superando os efeitos de outras tecnologias como a robótica avançada, computação em nuvem e mesmo a Internet móvel. No Brasil, é estimado que a Internet das Coisas poderá ter impacto positivo na economia de cerca de US$ 200 bilhões até 2025. (Com assessoria de imprensa)

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Da Redação

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