Bloxs projeta captar até R$ 500 milhões via crowdfunding

Segundo a Bloxs Investimentos, mercado de investimentos alternativos no Brasil deve crescer em 2022 a partir das novas regras da CVM.
Bloxs projeta captar até R$ 500 milhões via crowdfunding - Crédito: Divulgação
Felipe Souto, CEO da Bloxs Investimentos – Crédito: Divulgação

Em 2021, as plataformas de crowdfunding movimentaram R$ 188 milhões, sendo 35% desse montante arrecadado somente pela Bloxs Investimentos, plataforma líder no investimento em crowdfunding no Brasil, que espera bater recorde de captação em 2022.

As mudanças nas regras da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) trazem inovações significativas às ofertas públicas realizadas em plataformas de investimentos alternativos. Além do aumento no limite de R$ 5 para R$ 15 milhões, a reforma amplia para R$ 40 milhões a receita bruta para expandir a capacidade de captação por parte das empresas.

Para Rafael Rios, fundador da Bloxs, os aumentos de limite de captação e de receita das sociedades investidas ajudam o mercado no sentido de acessar perfis de empresas muito qualificadas, com volumes maiores a cada rodada.

“Acreditamos que possamos endereçar até R$ 500 milhões/ano, dando oportunidade para empresários acessarem o mercado de capitais e investidores alocarem diretamente na economia real”, aponta Rios.

Com as mudanças, a expectativa está também diretamente relacionada ao crescimento da base de investidores adeptos do equity crowdfunding e empresas que oferecem ofertas de captações via plataformas de investimentos alternativos.

“Essa modalidade de arrecadação permitia que as startups que ganham até R$ 10 milhões por ano obtivessem até R$ 5 milhões de investidores via plataformas online autorizadas pelo órgão federal. Com a mudança, isso significa que projetos mais robustos podem ser feitos. Com isso, se a empresa captar R$ 15 milhões a cada 180 dias, em duas captações ela pode arrecadar R$ 30 milhões ao ano. Então, para nós essa é uma mudança relevante.”, avalia Felipe Souto, CEO da Bloxs.

Para as empresas, a mudança na regra, significa que elas obtêm acesso a uma maior base de investidores com maior probabilidade de investir em segmentos nunca antes oferecidos, uma vez que os investimentos alternativos vêm chamando cada vez mais a atenção de investidores brasileiros e no mundo todo. As alterações promovidas pela CVM ajudam também a reduzir o número de recusa de novos projetos, uma vez que muitas ofertas se esbarravam no volume máximo de captações ou na receita da empresa.

“Cerca de 40% dos projetos que analisamos eram recusados, devido às limitações dos R$ 5 milhões de volume e R$ 10 milhões de faturamento. Com a nova regra, a expectativa é reduzir o número de recusa dos projetos e, provavelmente, os novos projetos terão uma evolução maior para as empresas se adequarem às condições de captação via crowdfunding”, ressalta Allan Teixeira, Head de Originação da Bloxs.

Isso, combinado com o aumento da volatilidade de curto prazo, significa que os investidores estarão mais inclinados a procurar investimentos alternativos de mais longo prazo. Ao mesmo tempo, as empresas estarão mais inclinadas a explorar medidas alternativas de financiamento em um ambiente de taxas de juros mais desafiadoras.

“Agora é a hora do mercado de investimentos alternativos de ações do Brasil decolar, e provavelmente veremos taxas de crescimento ofuscando as dos investimentos listados. Após um período de aparente experimentação, o investidor individual brasileiro parece estar disposto a ampliar os riscos em 2022 para obter ganhos ainda maiores, finaliza Felipe Souto.

(com assessoria)

 

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Redação DMI

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