BH cria laboratório vivo de IoT
Belo Horizonte quer ser referência em produção de soluções de IoT. Para isso, criou um Laboratório Aberto de IoT que pode ser usado por qualquer empresa interessada, start up ou não: basta que a empresa apresente o projeto à Secretaria do Desenvvolvimento. Se ele for aprovado, o projeto será desenvolvido usando toda a infraestrutura do laboratório e depois testado na rede da Prodabel, no trecho entre a Praça da Estação e a Praça Ramos Vaz, no centro da cidade.
A infraestrutura tecnológica da Prodabel, a empresa de TICs da Prefeitura de Belo Horizonte, envolve uma rede Low Power Wide Area (LPWA) da Sigfox, rede óptica, PPP de iluminação pública, câmeras de vigilância de última geração, dados abertos, hotspots, Programa BH Digital de telecentros, conexão de pontos públicos. “Homologada a solução, a Prodabel se torna parceira estratégica e ajuda a vender o produto para outras cidades”, informa Marcio Freire Ramos, superintendente de Engenharia da Prodabel.
No Laboratório Aberto de IoT, BH conta com a parceria de um leque de grandes empresas, entre as quais Cisco e Microsoft; universidades como UFMG e PUC; e entidades como Fiemg e BHTec.
As muitas iniciativas em desenvolvimento pela cidade, como a ampliação da rede óptica de mais de 900 quilômetros para quase 1.500 quilômetros até o final do ano, incluindo diversas parcerias de uso de redes de terceiros, é transformar o atual cenário. Embora BH, segundo Ramos, um dos painelistas do Encontro Provedores Regionais Minas Gerais, realizado dia 16, em Contagem, tenha uma infraestrutura de TI bastante desenvolvida, sua produtividade nessa área é baixa.
“Queremos mudar este quadro”, informou o diretor da Prodabel. A cidade conta com 300 start ups e é a maior em densidade de empresas de TI do Brasil com 331 por 100 mil habitantes, mas está em 12º lugar em faturamento entre 13 polos pesquisados sendo o Acate Tech Report de 2015. E isso acontece embora tenha uma infraestrutura de educação superior bastante expressiva e de qualidade, com 62 instituições.
Para os que possam se interessar pelo Laboratório Aberto de IoT, Ramos destaca que a cidade conta com mais de 300 camadas de dados geoespaciais. “BH é 100% mapeada”, o que, segundo ele, é um arsenal de dados extremamente rico para quem quer fazer projetos de IoT. Além disso, a cidade tem uma PPP de iluminação pública que, ao final do projeto, vai envolver 182 mil luminárias, 33 mil das quais com telegestão. “O contrato está sendo revisto e o número de luminárias com telegestão será ampliado.”