BC integra projeto de open finance global

Projeto Aperta visa explorar como reduzir fricções e custos nas finanças globais ao permitir compartilhamento transfronteiriço de dados

BC integra projeto de open finance global

O Banco Central (BC) participará de um projeto que busca uma conexão global entre infraestruturas domésticas de open finance de diferentes países. Batizado de Aperta (aberto em latim), o projeto acaba de ser lançado pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês). De acordo com informações do BC, divulgadas nesta sexta-feira, 13 de dezembro, o objetivo do projeto é reduzir fricções e custos nas finanças globais ao permitir compartilhamento transfronteiriço de dados de forma contínua.

Em outras palavras, o Projeto Aperta permitirá que uma instituição – como um banco, fintech, ou outro tipo de instituição – em uma jurisdição se conecte com instituições em outras jurisdições. Isso facilitará a troca de informações, como dados de pagamento e de contas, cartas de crédito ou conhecimentos de embarque eletrônicos.

O BC explica que o Abeta vai habilitar o compartilhamento de dados da conta do consumidor e do negócio para um banco no exterior, possibilitando a abertura de uma nova conta lá mais rapidamente. Além disso, haverá a possibilidade de compartilhar dados de trade finance relacionados a transportes, o que reduzirá custos e aumentará a velocidade do comércio internacional.

Segundo a autarquia, o caso de uso inicial a ser explorado é o financiamento do comércio internacional (trade finance) para pequenas e médias empresas (PME), com várias outras aplicações a seguir.

Nesta fase inicial, participam do projeto, além do Brasil, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Hong Kong. Segundo o BC, o projeto fornecerá um mecanismo para interoperabilidade global, oferecendo harmonização de recursos, funcionalidades, casos de uso, protocolos de segurança, procedimentos operacionais e estruturas de confiança para open finance em diversas jurisdições.

Atualmente, cerca de 70 países regulamentam o open finance, com variadas abordagens. Em cada país, os ecossistemas operam com diferentes padrões e protocolos domésticos, o que impossibilita o compartilhamento de dados transfronteiriços. A ideia do Aberta é aproveitar o potencial das tecnologias baseadas em interfaces de programação de aplicação, as APIs, para implementar esse compartilhamento de dados entre diferentes sistemas nacionais. (Com informações do Banco Central)

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Redação DMI

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