Banimento da Huawei prejudica fabricantes de chips americanos

Qualcomm teria 10% das receitas resultantes de negócios feitos com a Huawei. Índice da Filadélfia amarga baixa nesta quinta-feira, reflexo da decisão do governo Trump.
Background image created by Xb100 - Freepik.com
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O banimento da Huawei do mercado norte-americano terá efeito negativo sobre as vendas de fabricantes de semicondutores, como Qualcomm, Intel, Broadcom, além das menos famosas Micron, Analog Devices, Skyworks, Qorvo e Xilinx.

Com o decreto publicado ontem, 15, operadoras ficaram proibidas de comprar da Huawei. Ao mesmo tempo, o Departamento de Comércio incluiu a Huawei em uma lista de empresas proibidas de comprar tecnologia americana livremente. Com isso, fornecedores só poderão continuar a vender para a Huawei após receber autorização do governo Trump.

Estimativas de diferentes analistas do mercado de semicondutores apontam que 10% da receita de Skyworks, Qorvo, Xilinx e Qualcomm se originam em vendas para a Huawei. A Micron teria 13% das vendas destinadas à chinesa. Broadcom e Intel seriam as menos expostas, com 5% e 2% das receitas, respectivamente, resulta de negócios com a gigante asiática.

As ações de quase todas essas empresas caíam nesta quinta-feira, 16, juntamente com o Índice de Semicondutores da Filadélfia, o índice que agrega o preço das ações dessas empresas. Tal índice passou o dia no vermelho, e recuava 1,33% às 14h25 de hoje. A exceção era a Intel, a menos exposta.

Ontem, os papéis dessas empresas já despencaram. A Micron foi a que mais se desvalorizou. Perdeu 11,4% de valor de mercado, tanto em função do banimento, como ainda por reflexo da elevação de tarifas na guerra comercial travada entre EUA e China.

Além do risco de perder um grande cliente, analistas enxergam o risco de a tecnologia norte-americana perder espaço na corrida pela 5G. Isso porque a Huawei tem entre 20% e 30% do mercado mundial de redes e deve terminar o ano com fatia semelhante em 5G. A companhia usa componentes feitos também nos EUA em seus equipamentos. (Com noticiário internacional)

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Da Redação

A Momento Editorial nasceu em 2005. É fruto de mais de 20 anos de experiência jornalística nas áreas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e telecomunicações. Foi criada com a missão de produzir e disseminar informação sobre o papel das TICs na sociedade.

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