Bandidos desligam site de celular e roubam torre de 10 metros no Rio de Janeiro

Técnicos da Claro confirmaram que, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, foram roubadas todas as placas e equipamentos, os quadros de energia esvaziados, os cabos retirados. E.... até  mesmo a torre de 10 metros de altura sumiu!

torre 10 metros

Técnicos da Claro foram hoje, 19, pela manhã, com a polícia, confirmar o descalabro da situação em que o Rio de Janeiro se encontra. Bandidos desativaram completamente um site de celular da operadora, sem qualquer condição de recuperação, a não ser a construção de uma infraestrutura toda nova.

Conforme os técnicos da empresa que foram prestar a assistência à falha de comunicação detectada, não há qualquer condição de recuperação do site. Foram roubadas todas as placas e equipamentos. Os quadros de energia foram  esvaziados, os cabos que ligam a antena à rede central da empresa foram retirados. E…. até  mesmo a torre de 10 metros de altura sumiu!

Anatel

Consultados pelo Tele.Síntese, técnicos da Anatel informaram que estão apurando o ocorrido, no sentido de assegurar que os usuários da empresa não fiquem sem acesso à comunicação. E citam que entre as medidas que já devem ter sido tomadas pela operadora está o desvio do tráfego para outros sites. A Anatel alerta, no entanto, que essa é uma questão de Segurança Pública, e não de ações regulatórias que possa adotar.

Roubos de cabos

Mas atuação de bandidos no roubo de equipamentos de telecomunicações está ficando cada vez mais audaciosa, e não mira apenas  torre de 10 metros ou  equipamento da rede móvel. Ela age também na rede de fixa, sem que os agentes de segurança pública consigam estancar.

Conforme a Conexis Brasil Digital, a entidade que representa as maiores operadoras de telecomunicações do país, no primeiro semestre deste ano, o furto de cabos aumentou 23,5% em relação ao primeiro semestre de 22, e foram retirados do sistema de comunicação brasileiro 2,38 milhões de metros de cabos.

O Rio de Janeiro, informa a entidade, enfrenta uma “situação ainda muito delicada que é o bloqueio de acesso das equipes das prestadoras para a manutenção de seus equipamentos, usados para a prestação do serviço. As operadoras ficam sem acesso aos equipamentos e impedidas de dar a manutenção necessária à prestação do serviço, assim como para a eventual substituição dos itens roubados. Já os consumidores ficam reféns, privados dos serviços ou obrigados a contratá-los de empresas ilegais, controladas pelo crime organizado, sem quaisquer direitos, garantias e sujeitos a preços abusivos.”

 

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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