Bancos miram segurança, IA e Open Finance
Os bancos apostam em tecnologias voltadas para segurança cibernética, Inteligência Artificial e Open Finance para investirem este ano, conforme mostra a 30ª edição da pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária, realizada pela Deloitte.
Nessa primeira fase do levantamento, que passará a ser divulgado em três etapas a partir deste ano, foram ouvidos 24 bancos, que correspondem a 90% dos ativos bancários do país, 34 executivo atuantes na área de tecnologia bancária.
Para 78% dos bancos, segundo o levantamento, a análise e a exploração dos dados obtidos via Open Finance são temas de destaque este ano, além da transformação cultural das instituições financeiras. A partir deste ano, o estudo passará a ser divulgado em três fases.
A segunda etapa da pesquisa apresentará em detalhes os investimentos feitos em tecnologia pelos bancos em 2021 e na terceira terá como foco as transações bancárias realizadas pelos brasileiros no ano passado
Anualmente, os bancos investem, em média, cerca de 10% de seu orçamento de tecnologia da informação (TI) à segurança cibernética — valor que pode ser estimado em R$ 2,5 bilhões.
“Não iniciamos ontem. Foram os bancos brasileiros, e não as fintechs ou as startups, que, ao longo das últimas três décadas, estiveram e continuam na vanguarda da tecnologia bancária mundial. Ser digital, inovador e moderno, e sobretudo seguro e confiável, sempre esteve no DNA dos bancos. Não transigimos com isso”, afirma Isaac Sidney, presidente da FEBRABAN.
A infraestrutura bancária no Brasil é uma das maiores do mundo, capaz de suportar mais de 100 bilhões de transações a cada ano com segurança, segundo Sidney. “Os bancos contam com o que há de mais moderno em relação a segurança cibernética e prevenção a fraudes e usam tecnologias de ponta em processos de prevenção de riscos para que milhões de pessoas continuem fazendo suas operações financeiras do dia a dia com comodidade e tranquilidade, sem precisarem sair de suas casas.”
Inteligência Artificial
A Inteligência Artificial, conforme o estudo, tem revolucionado os serviços bancários e está permitindo que o atendimento fique cada vez mais personalizado e consultivo. As instituições participantes esperam aumentar seus investimentos neste ano nessa área. A tecnologia também tem sido muito usada pelos bancos na parte de crédito e de cobrança e no processamento de regras para controle de acesso e em sistemas antifraude.
Tecnologias mais aplicadas
Cloud Pública (94%), Big Data (94%), Process Mining (78%), Internet das Coisas (75%), Blockchain (67%) e Computação Quântica (50%) foram consideradas as tecnologias que os bancos voltarão seus esforços.
Transformação cultural
A transformação cultural do banco também foi citada como prioridade por 78% dos participantes. O levantamento revelou, ainda, que 91% dos bancos decidiram alavancar os canais digitais como principal meio de relacionamento e forma de entregar uma melhor experiência ao cliente em suas transações financeiras. Já 87% afirmam que a alta expectativa do cliente em relação aos canais digitais e à sua usabilidade impulsionaram a digitalização do banco.
(Com assessoria)