Balança comercial tem superávit de US$ 4,9 bilhões em maio
A balança comercial registrou superávit de US$ 4,9 bilhões em maio, informou o Ministério da Economia nesta segunda-feira, 13. O valor representa queda de 42,1% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando o saldo positivo somou US$ 8,5 bilhões. Esse também foi o menor resultado para o mês de maio desde 2019, quando o resultado tinha ficado positivo em US$ 4,369 bilhões.
As exportações brasileiras apresentaram um crescimento de 8% em relação a maio de 2021, somando US$ 29,65 bilhões. Já as importações registraram um forte crescimento para o período, com um aumento de 33,5%, atingindo US$ 24,70 bilhões.
Na parcial dos cinco primeiros meses deste ano, segundo a pasta da Economia, o saldo comercial positivo somou US$ 25,1 bilhões. Isso representa uma queda de 5,5% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando o superávit somou US$ 26,6 bilhões.
De janeiro a maio deste ano, as exportações somaram US$ 131,1 bilhões, com aumento, pela média diária, de 20,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. Já as importações totalizaram US$ 105,9 bilhões, um crescimento de 29%.
Os resultados foram impactados pela guerra na Ucrânia, uma vez que o conflito tem restringido o comércio de alguns produtos e elevou o preço de itens básicos, como petróleo e alimentos, beneficiando exportadores brasileiros e atraindo recursos ao país.
No mês passado, o volume de mercadorias importadas subiu apenas 0,1%, enquanto os preços aumentaram 35,7%, em média, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Os produtos com maior impacto na balança comercial foram combustíveis refinados, adubos e fertilizantes, carvão, petróleo bruto, trigo e centeio. Mesmo com a quantidade comprada caindo para a maioria desses produtos, o valor importado subiu, por causa do encarecimento desses itens.
Nas exportações, a quantidade vendida caiu 7,9%, pressionada pela queda nos embarques de grãos e de minérios para a China, que tem algumas regiões em lockdown por causa da pandemia de covid-19. Os preços médios subiram 21,9%.
Em abril, o governo tinha aumentado para US$ 111,6 bilhões a projeção de superávit comercial para 2022, por causa da valorização das commodities. O subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão, disse que a próxima estimativa, a ser apresentada em julho, pode ser revisada para baixo por causa do crescimento das importações.
“Dado que a importação vem crescendo acima da taxa da última previsão, é esperado que ela seja revisada para cima. Então, muito provavelmente, a próxima expectativa de saldo vai trazer um valor menor, sim, para o ano”, declarou o subsecretário.
(com Agência Brasil)