Audiovisual puxa alta de 3,3% dos serviços de comunicação em junho
Os serviços de informação e comunicação voltaram a crescer, após recuarem 9% nos cinco primeiros meses do ano. Em junho, a alta foi de 3,3% na comparação com o mês anterior, puxada principalmente pelo audiovisual, que cresceu 4,1%. Os segmentos de TIC e TI tiveram avanços iguais, de 3,1% e o de telecomunicações subiu 0,7%, como indica a pesquisa do IBGE, divulgada nesta quinta-feira, 13.
Na comparação com junho do ano passado, os serviços de informação e comunicação ainda apresentam taxa negativa, de 2,9% resultado também puxado pelo audiovisual, que recuou 29,5%. Telecomunicações caíram 4,2% enquanto TI subiu 9,6% e TIC 0,7%.
Segundo a pesquisa, na comparação anual os serviços de informação e comunicação mostraram perda de receita nas empresas de telecomunicações; programadoras e atividades relacionadas à televisão por assinatura; consultoria em tecnologia da informação; TV aberta; e atividades de exibição cinematográfica. Resultados impactados pela pandemia.
No acumulado do ano, o setor avançou 2,6% e 0,7% nos últimos 12 meses. O segmento de audiovisual fechou o semestre com perdas de 18,1% e de 5,8% nos últimos 12 meses. Outros resultados negativos vieram do segmento de telecomunicações, que caiu 3,9% no acumulado do ano e 2,6% nos últimos 12 meses. TIC caiu 0,4% de janeiro a junho, mas subiu 1,6% nos últimos 12 meses. TI variou positivamente tanto no acumulado do ano como nos últimos 12 meses, em 6,4% e 9,4% respectivamente.
Pandemia
Em junho de 2020, o volume de serviços no Brasil cresceu 5% frente a maio, após quatro meses de taxas negativas seguidas, quando acumulou perda de 19,5%. No confronto com junho de 2019, o volume de serviços recuou 12,1% em junho de 2020, quarta taxa negativa. No acumulado do ano, o volume de serviços caiu 8,3% frente a igual período de 2019. O acumulado nos últimos doze meses (-3,3%) teve o resultado negativo mais intenso desde novembro de 2017 (-3,4%).
Os efeitos negativos da pandemia sobre o setor de serviços começaram a ser sentidos apenas nos últimos 10 dias do mês março e se aprofundaram nos dois meses subsequentes, provocando uma retração de 18,6% no período março-maio. Vale ressaltar que o recuo de fevereiro (-1,0%) foi conjuntural e refletia uma acomodação do setor de serviços frente ao fim de 2019.
De acordo com o IBGE, mesmo com a segunda maior alta (5%) da série iniciada em janeiro de 2011, o volume de serviços no Brasil ainda está 24% abaixo do recorde histórico, de novembro de 2014, e 14,5% abaixo de fevereiro de 2020, mês que antecedeu as medidas de isolamento social.