Ativos financeiros somaram R$ 282 bilhões no primeiro semestre
O total de captações acumuladas em ativos financeiros no primeiro semestre de 2022 foi de R$ 282,1 bilhões, com destaque para renda fixa corporativa (debêntures e notas), que movimentou R$ 152.8 bi em 301 ofertas nos primeiros seis meses deste ano, em contraste com os R$ 102.8 bi em 222 ofertas registrados no mesmo período do ano passado.
Os dados são do Boletim Econômico da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), divulgado nesta quinta-feira, 28.
Ainda vale destacar que, embora o volume financeiro no mercado secundário para ações (lote padrão) e Fundos de Investimento Imobiliários (FII) se mantiveram abaixo da média diária do ano anterior, foi observada novamente alta no mercado de debêntures, que vem apresentando bons números nos últimos anos.
Um destaque negativo são as ofertas de ações. “Os valores e quantidades acumulados no ano ficam abaixo daquelas do mesmo período do ano passado, em especial quando se leva em conta que a oferta atrelada ao processo de capitalização do grupo Eletrobras levantou sozinha R$ 33.7bi, ou seja, 64% do montante do período”, pontua a CVM em nota.
A estimativa do valor total do mercado regulado de ativos é de R$ 27.48 trilhões, 2,3% menor que o previsto no final do primeiro trimestre (R$ 28.14 trilhões). Mesmo com uma certa estabilidade nos números, destaca-se a queda no valor da capitalização do mercado acionário, impactado pelos movimentos recentes de queda no mercado de renda variável nacional.
Crowdfunding supera valores de 2021
O número de operações de contratos de investimento coletivo aumentou em 4% em 2022. Em 2021 foram 74 (totalizando R$ 13 milhões) e o primeiro semestre de 2022 fechou com 77, somando R$ 15 milhões.
Aumento na quantidade de regulados
Houve elevação de 4,6% no número de ativos regulados em relação ao final de 2021. Até 30 de junho eram 75.063 participantes.
O crescimento foi observado em todas as categorias, com destaque para o número de registros de Analistas de Valores Mobiliários. No início do ano eram 1.147 e, até o fim do levantamento, somaram 1.441, um salto de 25%.
Mapa de riscos
“No contexto global do segundo trimestre identificou-se alta nos indicadores de risco de liquidez e macroeconômico. Com as altas em taxas básicas de juros internacionais, destaca-se no trimestre a aceleração da volatilidade observada no mercado de renda variável nacional e global e também no mercado de renda fixa nacional, em linha com a mesma aceleração no mercado de renda fixa global”, afirma o boletim.