As cadeias econômicas brasileiras terão que usar IA, diz presidente do Inatel
A Inteligência Artificial (IA) terá que ser adotada por todas as cadeias econômicas brasileiras. E, para que o país possa se inserir nessa nova era de maneira eficiente e com capacidade de desenvolvimento de soluções próprias, precisa desenvolver muitos dispositivos de Internet das Coisas. Esse alerta foi feito pelo presidente do Inatel, Carlos Nazaré, durante painel no Futurecom 2024.
Segundo o professor, atualmente no Brasil, embora 85% da grande indústria use algum tipo de tecnologia digital avançada, apenas 17% faz uso da Inteligência Artificial. E, para ele, a IA, -que nada mais é do que uma ferramenta que processa grandes volumes de dados para criar diagnósticos mais imediatos-, irá demandar um número significativo de sensores conectados, para alimentar esse banco de dados de informações. ¨Precisamos mapear o Brasil, elencar as cadeias produtivas mais relevantes e desenvolver dispositivos de IoT que se conectem nas rede privativas e na rede pública 5G e usar esses dados para geração de aplicativos para IA. Sem que se crie isso antes, não conseguiremos usar a IA¨, alertou.
Cadeias Econômicas
Uma das iniciativas do BNDES para estimular essa nova industrialização brasileira, disse o superintendente João Paulo Pieroni, refere-se ao apoio de plantas pioneiras. Esse apoio se dá com os recursos do programa Mais Inovação, explicou, que também tem taxas de juros bem atrativas. Entre os projetos que já contam esses recursos está a fabricação de chips para o 5G.
Para Rosilda Prates, presidente da Associação P&D Brasil, o país conta com política pública de industrialização e P&D que visa ao fortalecimento do mercado interno. ” Produzir no Brasil é cool, pois temos uma pegada de carbono mais baixa¨, afirmou. E a Brasscom defende uma orquestração coordenada entre governo e setor privado para trazer mais resultado às iniciativas.
Entre um dos grandes desafios no cenário internacional alertaram os palestrantes, refere-se às barreiras não tarifárias criadas pelos países industrializados, que acabam impedindo o Brasil de explorar todo o seu potencial de possuir uma das maiores matrizes energéticas limpas do planeta.