Apex: Investimentos greenfield dos EUA no Brasil priorizaram software e web

Os Estados Unidos são o país com o maior estoque de investimento direto no Brasil, de US$ 288, 8 bilhões, ano base 22. E, nos dez anos passados,  entre 2013 a 2023,  os investimentos greenfield das empresas dos EUA somaram aqui US$ 45,5 bilhões.

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Os Estados Unidos são o país com o maior estoque de investimento direto no Brasil, de US$ 288, 8 bilhões, ano base 22. E, nos dez anos passados,  entre 2013 a 2023,  os investimentos greenfield das empresas estadunidenses somaram aqui US$ 45,5 bilhões. Desse total, o segmento de software e hospedagem na Web lideraram os ingressos de recursos, ficando com 24,8% do total investido.

Esses são alguns dos resultados apontados pelo Mapa Bilateral de Comércio e Investimentos Brasil-EUA, elaborado pela ApexBrasil em colaboração com a Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil), lançado ontem em um evento comemorativo aos 200 anos de relações entre os dois países.

Conforme o estudo, os investimentos greenfield da última década dos EUA em software e hospedagem web em nosso mercado interno somaram US$ 10, 288 bilhões, em 166 projetos de 88 empresas, e geraram cerca de 13 mil empregos. Em segundo lugar ficaram os investimentos greenfield em fabricação de veículos (com 17% do total) seguidos por armazenagem e transporte, com 10%.

Investimentos greenfield

Ainda conforme o estudo, no comércio de bens, Brasil e Estados Unidos atingiram recorde em 2022, com quase US$
90 bilhões. Essas trocas se notabilizam pela considerável diversificação, agregação de valor e intensidade em setores de média e alta tecnologia, “o que demonstra a expressiva contribuição econômica atual e um potencial de integração bilateral ainda a ser aprofundado em diversas cadeias produtivas estratégicas”, aponta o documento.

O estudo traz também a pesquisa do valor econômico das mil empresas atuantes no Brasil com maior receita líquida, indicando que 35 contavam com capital de empresas estadunidenses. Conjuntamente, essas empresas totalizaram receita líquida de R$ 339 bilhões, em 2022. Os setores de “Agronegócio”, “Alimentos e Bebidas”, “Química e Petroquímica” foram responsáveis por cerca de 70% dessas
receitas, segundo o estudo.

Os EUA foram, ainda,  o segundo maior parceiro comercial do Brasil, em 2023, quando a corrente de comércio chegou a US$ 74,9 bilhões, segundo o Comex Stat/MDIC. O país só foi superado pela China. Mas a balança comercial brasileira é deficitária em relação aos EUA. Em 2023, o saldo negativo chegou a US$ 1 bilhão, uma recuperação em relação ao déficit de US$ 13,9 bilhões, de 2022, o maior do Brasil com qualquer parceiro comercial naquele ano.  ” As relações comerciais entre o Brasil e os EUA são históricas e importantes para a economia brasileira”, ressaltou o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, ao lançar o estudo.

 

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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