Apenas 40% das empresas quitaram dívidas, diz Serasa

Dentre as 1.880.682 cobranças feitas em novembro de 2021, apenas 756.034 das dívidas foram quitadas até 60 dias após a negativação.
Apenas 40% das empresas quitaram dívidas, diz Serasa - Crédito: Freepik
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As empresas brasileiras atingiram, em novembro de 2021, o menor percentual de recuperação de dívidas (40,2%) desde janeiro do mesmo ano. Dentre os 1.880.682 débitos cobrados em novembro, apenas 756.034 foram quitados em até 60 dias após a negativação. Os dados são do Indicador de Recuperação de Crédito da Serasa Experian, divulgados nesta terça-feira, 8.

Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, o cenário econômico instável no país continuou criando desafios para os empreendedores. “Os donos de negócios mantinham uma expectativa de melhora econômica, por isso, as dívidas contraídas em novembro podem ter sido feitas para suprir o aumento das vendas, que era esperado para o final de ano e início de 2022. No entanto, vemos que essa melhora não aconteceu”, afirma.

Rabi explica que, “o cenário de inflação, a alta taxa de juros e, sendo assim, o baixo poder de compra do consumidor, foram fatores que reduziram o fluxo de caixa das empresas, inviabilizando ainda mais a quitação de dívidas atrasadas”.

Ainda de acordo com o índice, a análise por setor revelou que o credor que melhor desempenhou a recuperação de dívidas foi o das Securitizadoras, que teve 46,1% dos valores ressarcidos. O Varejo vem logo depois, com 45,3% do crédito recuperado.

No recorte por região o melhor percentual de recuperação de crédito fica para as empresas do Nordeste, com 47,1%. Em sequência estão Sul (47,0%), Norte (44,3%), Centro-Oeste (38,3%) e Sudeste (34,5%).

Metodologia

O Indicador de Recuperação de Crédito da Serasa Experian considera o número de dívidas incluídas no sistema de inadimplência em cada mês específico. A medida de até 60 dias para quitação dos compromissos financeiros deste indicador foi selecionada por refletir a régua comum utilizada pelas soluções de cobrança, mas esse tempo pode variar de acordo com cada credor. Além disso, a série histórica do índice ainda é curta, com dados retroativos desde 2017, dessa forma, não é possível afirmar períodos de sazonalidade, uma vez que seria necessário contar com no mínimo 05 anos de observação para fazer essa análise.

(com assessoria)

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Redação DMI

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