Anatel manda fundo Cerberus se entender com a Oi

A Anatel e o governo gostaram do que ouviram do fundo Cerberus, que tem proposta firme de R$ 7 bilhões para a Oi. Mas fontes da agência entendem que a solução passa, obrigatoriamente, por negociação com os sócios da operadora, visto que terá que haver mudança no poder de mando.

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A peregrinação que o fundo Cerberus, liderado por Ricardo Knoeplefelmacher, ou Ricardo K. fez ontem, 11, em Brasília, foi muito bem recebida pelo governo e pela agência reguladora. Segundo fonte da Anatel, a direção da agência ficou convencida de que o fundo tem proposta firme R$ 7 bilhões em dinheiro novo para investir na Oi.

“Dinheiro novo, para investimento, é tudo o que queremos e o que a Oi precisa”, afirmou a fonte.

O problema, contudo, afirmou esse dirigente, é que não adianta o fundo apresentar a sua proposta ao governo – que é melhor do que a oferta do egípcio, reconhece essa fonte – se ainda não procurou a companhia para discuti-la. “É óbvio que quem tem esse dinheiro para colocar na empresa vai querer ter posição de mando, e isso precisará ser discutido com os atuais controladores”, afirmou a fonte.

Hoje, Ricaro K, que também está acompanhado por Steven Mayer, um dos principais executivos do grupo, se encontra com o ministro da Fazenda Henrique Meirelles. Segundo a fonte, o Cerberus informou que irá procurar a Oi a partir da próxima semana.

Em conferência com os analistas ontem, o CEO da empresa, Marco Schoroeder, disse que pretender ter aprovado o plano de recuperação judicial até setembro deste ano.

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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