Anatel contrata pesquisa sobre Web 3.0 da Universidade de Goiás

Projeto é liderado pelo Centro de Altos Estudos em Telecomunicações (Ceatel) da agência

 Crédito-freepik

A Anatel, por meio do Centro de Altos Estudos em Telecomunicações (Ceatel), assinou, nesta quinta-feira, 26, o Termo de Execução Descentralizada com a Universidade Federal de Goiás (UFG) para estudos sobre a Web 3.0. O objetivo é apontar desafios, oportunidades, mapear riscos e tendências para da nova era da internet.

O valor do contrato é de R$ 1,4 milhão. O prazo para execução do termo é de 24 meses, podendo ser prorrogado de acordo com a legislação vigente (Decreto nº 10.426, de 2020).

Segundo o presidente da Ceatel, conselheiro Alexandre Freire, o projeto está em linha com os objetivos estratégicos da agência e com da Agenda 2030 da ONU, sobretudo no que diz respeito a oferta de educação inclusive e de qualidade; construção de infraestruturas resilientes e promoção da industrialização e do fomento à inovação. E ainda ao objetivo de fortalecer as parcerias globais para o desenvolvimento sustentável.

“O estudo da nova geração da web, imersiva, semântica, centrada no usuário e conectada ao mundo ciberfísico vai ajudar ao país a alcançar um ambiente propício à inovação”, disse Freire. “A Anatel tem a inovação como um vetor de atuação institucional”, disse.

Freire vê como resultado da pesquisa, a produção de conhecimento qualificado, impulso ou direcionamento de pesquisadores para a área ainda não servida de mão de obra especializada, maior participação do Brasil nos fóruns internacionais e preparação dos atores nacionais para o ecossistema digital. E ainda a influência dos achados científicos sobre a política regulatória.

Eixos

O projeto de pesquisa é baseado em cinco eixos. O primeiro denominado Técnico/rede vai tratar dos temas estruturais, como infraestrutura, comunicação, computação, sensoriamento e aplicações. Realidades aumentadas, virtuais, expandidas e mistas; metaverso, IA e gêmeos digitais serão estudados nesse eixo, que visa a sincronização do mundo digital com o mundo físico.

Nesse eixo, o primeiro caso de uso será na área de saúde e os resultados obtidos poderão ser estendidos para outras áreas, como educação, indústria e agro.

O eixo dois tratará de Segurança/privacidade, dos desafios provenientes do fluxo massivo de dados, amplo uso de IA e suas consequências e aumento do uso de moedas digitais. A gestão dos dados produzidos pelas máquinas e usuários são alguns dos desafios citados pelos pesquisadores.

No eixo Econômico/competitivo serão buscadas as oportunidades na demanda de recursos de comunicação a serem oferecidos pelos provedores de acessos; identificar externalidades positivas ou negativas da Web 3.0, visando abastecer o cenário regulatório. Além de identificar benefícios e pontos de atenção para os setores econômicos afetados, especialmente as big techs.

No eixo Social/consumerista um dos focos é buscar meios regulatórios para que o consumidor sem acesso às novas tecnologias possa ser ajudado. Já no eixo Legal/regulatório, os desafios passam pela regulação de rede descentralizada e serviços que ainda não existem.

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) também participa do projeto. Ela destinou à pesquisa volume de recursos igual ao aplicado pela Anatel.

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Lúcia Berbert

Lúcia Berbert, com mais de 30 anos de experiência no jornalismo, é repórter do TeleSíntese. Ama cachorros.

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