Anac autoriza o iFood a usar drones
O app de entrega em domicílio iFood vai iniciar projeto com drones. As empresas Speedbird Aero e AL Drones receberam autorização de voo experimental da Anac na última quarta-feira, 5. Essas empresa vão realizar os testes para a plataforma digital de venda de comida.
“Essa é uma etapa muito significativa para a evolução do uso comercial de drones. Nosso objetivo primário é utilizar o drone para trazer mais eficiência para a operação logística. Estamos confiantes na evolução que o uso desse modal combinado a inteligência artificial pode trazer para a empresa”, explica Roberto Gandolfo, vice-presidente de Logística do iFood.
Em julho, a Speedbird Aero e a AL Drones promoveram os ensaios finais do projeto em São José dos Campos (SP), com a participação da Anac. “O projeto foi conduzido de forma profissional. Cada detalhe da aeronave foi trabalhado com toda a atenção, tornando a logística aérea não tripulada uma possibilidade no país”, ressalta Samuel Salomão, fundador e CPO da Speedbird Aero. Todo processo de certificação levou cerca de 11 meses.
Como vai funcionar?
O drone não fará entregas nas janelas dos clientes. A ideia é que ele complemente a operação dos modais tradicionais, realizando a primeira parte da rota das entregas, que será finalizada por um entregador com moto, bike ou patinete.
Uma rota de 400 metros ligará a praça de alimentação do Shopping Iguatemi Campinas e o iFood Hub, uma estrutura dentro do empreendimento que roteiriza os pedidos. A entrega deve levar em média 2 minutos, um trecho que percorrido a pé pode levar 12 minutos. A partir daí, a última parte do trajeto é feito pelos entregadores.
Há também uma segunda rota de voo que também será realizada em caráter experimental, que terá início no iFood Hub e destino final no droneport de um complexo de condomínios próximo ao shopping. De acordo com as estimativas, a rota de 2,5 quilômetros que por terra seria feita em 10 minutos, passará a ser concluída em 4 minutos.
Devido ao avanço da pandemia de covid-19, a empresa está avaliando o momento mais adequado para dar início ao projeto, levando em consideração o bem-estar e a saúde de colaboradores e parceiros. A previsão é de que os primeiros voos experimentais sejam realizados ainda este ano.