América Móvil, dona da Claro, vê lucro subir 68% no 4T23

A América Móvil acrescentou mais 3,9 milhões de clientes em sua base de telefonia celular. A Claro Brasil contribuiu com 46% dessas aquisições, com 1,8 milhões de novos pós-pagos,
(crédito: Reprodução)

A América Móvil, controladora da Claro no Brasil, viu seu lucro líquido subir 68% no último trimestre do ano passado, em comparação ao  mesmo período de 23. Ela registrou lucro líquido de 26,42 bilhões de pesos mexicanos – ou US$ 1,54 bilhão -. Mas a receita total teve  uma queda de 2,5%, para 204,42 bilhões de pesos mexicanos, motivada, explica a empresa, pela valorização da moeda mexicana em relação às moedas dos demais países latinos onde a operadora atua. O lucro líquido do ano de 2023 foi de 82,8 bilhões de pesos mexicanos, um aumento de 12,8% sobre o obtido em 2022.

A empresa realçou também um trimestre “extremamente volátil”, com subidas das taxas de juro no primeiro mês do trimestre para registrar máximos não vistos em mais de 16 anos, e depois, no mesmo trimestre, passado o período de stress financeiro, o dólar acabou caindo em relação a maioria das moedas da região da América Latina.

O Ebitda do quarto trimestre foi de 79,7 bilhões de pesos mexicanos, uma redução de 3,3% em pesos nominais. No ano, o Ebitda foi de 319, 5 bilhões de pesos mexicanos, queda de 3% em relação a 2022.  A companhia fechou o ano com 310,1 milhões de assinantes de seus serviços sem fio, aumento de 3,4%  frente ao exercício anterior. Foram acrescentados 3,9 milhões de assinantes wireless no trimestre, incluindo 2,7 milhões de assinantes pós-pagos. O Brasil contribuiu com 1,8 milhão de novos clientes contratuais, enquanto 329 mil vieram da Áustria, 124 mil da Argentina e 109 mil do México. O pós-pago base aumentou 7,0% ano-a-ano, para 122 milhões de assinantes.

Na banda larga fixa, a América Móvil fechou o ano com 31,95 milhões de acessos, crescimento de 4,1% frente ao ano de 2022. O Brasil cresceu 2,2%, para 9,9 milhões de assinantes frente a 2022.  Os demais serviços fixos (linha e TV paga) estavam com 73,7 milhões de clientes, aumento de 0,6% frente a 2022.  A base brasileira era de 23 milhões de acessos, queda de 4,3%. A empresa ressalta que o balanço traz os números da Argentina em separado, devido a altíssima inflação do país vizinho.

Joint-Venture

A empresa realçou duas movimentações ao longo do ano. Primeiro, o anúncio da Joint-Venture ClaroVRT com a Liberty Latin America, formalizado em 26 de dezembro. Essa nova empresa precisará ser confirmada com aportes dos dois grupos até julho de 24, para ser confirmada. E o aumento da  participação na Telekom Austria,  para 58,4%

 

 

 

 

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Da Redação

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