Agro, indústria e fintechs são a aposta da Claro para além da conectividade

Segundo José Félix, presidente da empresa, a Claro criou um Hub de desenvolvimento para apoiar as pequenas empresas a lançarem suas soluções.
Indústria é um dos segmentos para além da conectividade da Claro. Crédito-Freepik
(Foto: Freepik)

Descobrir novos segmentos que agreguem valor para além da conectividade para uma grande empresa como a Claro é um dos maiores desafios desse novo ecossistema digital, afirmou hoje, 14, o presidente da empresa, José Félix, durante o Painel Telebrasil Innovation. O executivo avalia que há inúmeras novas oportunidades para as pequenas empresas, mas, no caso da operadora, ainda é difícil encontrar uma solução que faça sentido. ” Hoje existem milhares de pequenas possibilidades de negócios, mas ainda é difícil encontrar uma solução que de fato seja significativa para uma empresa de telecomunicações”, avaliou o executivo.

Segundo ele, três são os segmentos que a Claro vê como mais promissores: a agropecuária, a indústria e as fintechs. Segundo ele, a Claro chegou a estudar os segmentos de cidades inteligentes e de telemedicina, mas não se mostraram muito promissores. No primeiro caso, o das cidades inteligentes, há a grande dificuldade de interlocução com os administradores públicos, e no de saúde, há uma grande segmentação no setor, o que torna mais complexa a oferta de novos serviços. ” Mas sabemos que, mesmo nos segmentos escolhidos, as soluções são caso a caso”, afirmou.

Hub

Para apoiar o desenvolvimento dessas pequenas empresas e todo o ecossistema de inovação, a Claro criou um Hub de desenvolvimento para que as pequenas empresas possam alavancar as suas soluções. ” Com essa iniciativa, queremos também encontrar soluções para nossos problemas internos, pois é impossível resolver tudo sozinho”, afirmou Félix, lembrando que os serviços de conectividade da Claro somam R$ 42 bilhões em receitas líquidas por ano.

Segundo o presidente da ABDI, Igor Calvet, a falta de conhecimento da indústria local sobre os produtos e serviços oferecidos pelo setor de tecnologia digital ainda é muito grande. ” Pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria) apontou que apenas sete por cento das empresas industriais brasileiras usam de sete a 10 tecnologias digitais em seus processos produtivos. E isso é muito pouco”, afirmou.

 

 

 

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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