Acordo entre BNDES e AIIB prevê R$ 16,7 bi para projetos que integrem Brasil e Ásia
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assinou, nesta segunda-feira, 18, um Memorando de Entendimentos que prevê o investimento de R$ 16,7 bilhões do Asian Infrastructure Investment Bank (AIIB) em projetos no Brasil. A formalização ocorreu durante a Cúpula de Líderes do G20, iniciada nesta manhã, no Rio de Janeiro (RJ).
Segundo o banco estatal, o objetivo do memorando é complementar o financiamento de projetos alinhados ao Fundo Clima e ao Novo PAC. “No caso do Novo PAC, os projetos devem promover a integração econômica entre o Brasil e Ásia nos setores de infraestrutura de transporte, conectividade energética e digital, água e saneamento”, informa.
O AIIB tem sede em Pequim, na China, e trabalha no desenvolvimento de setores produtivos da Ásia. A instituição investe em iniciativas fora do país que tragam benefícios para a região.
A colaboração também inclui iniciativas para a reconstrução do estado do Rio Grande do Sul e o apoio a projetos de desenvolvimento urbano e infraestrutura social para a realização da COP-30, em Belém.
Em nota divulgada pelo BNDES, o vice-presidente do AIIB, Konstantin Limitovskiy, afirma que “o BNDES é um parceiro institucional prioritário do AIIB no Brasil”.
“Nossa colaboração expandida nos permitirá apoiar projetos de infraestrutura e iniciativas estratégicas que impulsionem o desenvolvimento sustentável e fomentem o crescimento econômico no Brasil, na Ásia e além, e esperamos contribuir para os objetivos da COP-30 por meio do cofinanciamento de projetos estratégicos de clima e especialmente de adaptação no Brasil”, disse Limitovskiy.
Cooperação com a China
Na última quinta-feira, 14, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, assinou cinco memorandos de entendimento com instituições de governo da China, que tratam das seguintes iniciativas:
- Cooperação em capacidade produtiva, ancoragem industrial e desenvolvimento de recursos humanos nas aplicações de ciência e tecnologia nuclear na saúde e em outros campos;
- Criação de um Programa Sino-Brasileiro de Fonte de Luz Síncrotron;
- Estabelecer Laboratório Conjunto em Mecanização e Inteligência Artificial para Agricultura Familiar; e
- Cooperação no desenvolvimento de capacidades (em geral) nas áreas de Inteligência Artificial e da cooperação na indústria fotovoltaica.
Em publicação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o ministro-conselheiro para os temas de Ciência e Tecnologia da Embaixada da China no Brasil, Jiang Dehua, afirmou que os países estão dispostos a trabalhar “para implementar os importantes consensos alcançados pelos dois presidentes, fortalecer a conexão entre a iniciativa do Cinturão e Rota e a estratégia de desenvolvimento do Brasil e promover uma cooperação de longo prazo em níveis mais altos e áreas mais amplas, avançando em direção à construção de uma comunidade com futuro compartilhado para a China e o Brasil”.