Abranet adere ao projeto Tentáculos contra fraude financeira digital
A Plataforma Tentáculos da Polícia Federal (PF), que centraliza as notícias-crimes de fraude financeira digital em um único repositório de dados, ganhou a adesão da Associação Brasileira de Internet (Abranet). Com a assinatura de um acordo de cooperação técnica com a PF, a Abranet passa a colaborar em projetos e ações de enfrentamento a golpes e fraudes financeiras na internet, principalmente, quando houver o envolvimento de contas mantidas por paytechs e fintechs associadas a ela. Empresas como Mercado Pago e PagPay fazem parte da Abranet.
O acordo entre a Abrenet e a PF foi assinado nesta terça-feira, 14, em Brasília, e os principais pontos da colaboração estabelecem a adesão das instituições ligadas à Abranet e sua integração à Plataforma Tentáculos. A entidade reúne mais de 400 empresas em todo o país, especialmente pequenos provedores de acesso à internet, provedores de conteúdo, plataformas, fintechs, paytechs, assim como data centers. “A adesão da Abranet a Tentáculos possibilitará o compartilhamento seguro de dados, aumentando todo o sistema de informações disponibilizado à Polícia Federal, contribuindo para as investigações” observou Carol Conway, presidente da associação.
Criado em 2007 para investigar crimes financeiros digitais contra a Caixa Econômica Federal, o projeto Tentáculos ganhou forças a partir da adesão de outros bancos. Atualmente, a iniciativa conta com um acordo de colaboração com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Das 113 instituições bancárias filiadas à federação, 30 já estão integradas à plataforma da PF. Em dezembro do ano passado, a Zetta, associação que reúne instituições financeiras e de pagamento, como Nubank e PicPay, também fez acordo de colaboração com a PF e passou a compartilhar dados com a Plataforma Tentáculos.
Graças às informações compartilhadas pelas instituições financeiras na Plataforma Tentáculos, a PF conduziu 572 operações e cumpriu 1220 mandados de busca e apreensão contra fraude financeira digital entre os anos de 2018 e 2023. Essas operações resultaram em 208 prisões no período. (Com assessoria de imprensa)