5G vai gerar receitas de US$ 4,2 bi em 2020

Receita com redes 5G vão dobrar no próximo ano, com o avanço das novas redes por mais países.

As receitas com as vendas de serviços baseados em redes móveis de quinta geração (5G) devem somar US$ 4,2 bilhões em 2020 no mundo, calcula a empresa de pesquisa de mercado Gartner. Será um incremento de 89% em relação a este ano, até porque a tecnologia está apenas engatinhando.

A consultoria prevê, ainda, que os investimentos em redes 5G NR, totalmente dentro das especificações definidas pela 3GPP, representarão 6% do faturamento das operadoras este ano. E em 2020, vão dobrar em termos relativos, para 12%.

Por enquanto, a maior parte dos investimentos se dá em equipamentos “non-standalone”, ou seja, que operam em conjunto com redes 4G. Apenas no ano que vem as teles devem acelerar a implantação, no exterior, de redes totalmente 5G, da antena ao núcleo da rede.

O relatório da Gartner aponta também que, embora a quinta geração chame a atenção pelo crescimento, ainda receberá menos aportes que as redes LTE (4G), e movimentará volumes menores que os de vendas das small cells (tabela abaixo).

Segmento 2018 2019 2020 2021
5G

2G

3G

LTE and 4G

Small Cells

Núcleo de rede

612.9

1,503.1

5,578.4

20,454.7

4,785.6

4,599.0

2,211.4

697.5

3,694.0

19,322.4

5,378.4

4,621.0

4,176.0

406.5

2,464.3

18,278.2

5,858.1

4,787.3

6,805.6

285.2

1,558.0

16,352.7

6,473.1

5,009.5

Total 37,533.6 35,924.7 35,970.5 36,484.1

SLP

Por enquanto, o Gartner estima que 7% das operadoras móveis do planeta tenham lançado serviços 5G. À medida que mais empresa entrem no jogo, mais o business case vai se delineando. A consultoria diz que, por enquanto, o foco deve ser atender ao mercado corporativo. A ideia é cobrir indústrias, permitindo aplicações de “fábrica inteligente”, além da criação de redes privadas industriais.

O Gartner diz que os fabricantes contam com essa demanda de companhias que não sejam operadoras. No Brasil, este segmento deve ser abordado por meio da criação de redes que exijam licença SLP, da Anatel. Na última consulta pública do MCTIC sobre 5G, a Nokia defendeu a reserva de espectro para redes privadas. Na Alemanha, país que elegeu a IoT industrial como seu diferencial em 5G, o espectro de 3,7 GHz será destinado a tal finalidade. No Japão, as empresas poderão usar frequências de 4,5 GHz e 28 GHz.

A previsão do Gartner, no entanto, é de que a 5G demore mais para se espalhar pelos territórios dos países do que a 4G. Isso porque o investimento necessário é alto, e neste momento deve ser feito apenas onde a rede 4G já é muito boa, a fim de se evitar problemas de desempenho.

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Da Redação

A Momento Editorial nasceu em 2005. É fruto de mais de 20 anos de experiência jornalística nas áreas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e telecomunicações. Foi criada com a missão de produzir e disseminar informação sobre o papel das TICs na sociedade.

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