5G vai demandar novos jeitos de ocupação de postes

A demanda por infraestrutura de postes, rodovia e prédios públicos vai aumentar 4 vezes em cinco anos, com o ingresso do 5G, e os entraves atuais precisam ser melhor resolvidos, defende o setor de telecom.

A criação de uma empresa única para gerir a ocupação dos postes das concessionárias de energia elétrica pelas operadoras de telecomunicações; ou a constituição de uma entidade externa nos  moldes da que conduziu a migração da TV digital; ou ainda a regularização da ocupação de postes com utilização de parcela de recursos advindos da modicidade tarifária de energia. Essas são algumas das alternativas apresentadas hoje, 13, no seminário da Anatel, para debater um dos principais dos gargalos que poderão impedir o crescimento do  5G no Brasil.

Se as propostas são muito divergentes, há porém, um motivo em comum: a 5G vai aumentar exponencialmente a demanda por dados, o que vai significar cinco vezes mais necessidade de expansão de infraestrutura em 5 anos ou 13 vezes mais em 7 anos, aponta estudo do SindiTelebrasil.

  • As operadoras estão com a percepção de que está na hora de começar a pensar em novo modelo de negócios, otimizando investimentos com redução de custos, e isso significa mudar o foco na infraestrutura, para serviços inovadores, afirmou Alexandre Bicalho, pela entidade das teles.

Segundo ele, o principal desafio será aprimorar os mecanismos de infra intrassetorial. Permitindo o uso racional de  rodovias, postes elétricos, prédios publico “e  tudo que pode ser utilizado para a construção das redes”. Para isso, reivindicou, ” o direito de passagem precisa ganhar mais efetividade”.

Para Katia Pedroso, da Telcoconsultoria, porém, qualquer modelo deve prever regras uniformes para todos os agentes econômicos, metas prazos e responsabilidades definidos, e o preço do ponto do poste regulado.

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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