5G não é tecnologia com retorno de curto prazo, diz Labriola
Mesmo com toda a euforia em torno da chegada do 5G, não adianta pensar na nova tecnologia como algo que dê retorno financeiro rápido. Segundo Pietro Labriola, está longe disso.
“O 5G não permitirá retorno econômico a curto prazo. Não vai mudar imediatamente a vida das operadoras. A maior vantagem do 5G é que vai oferecer às empresas uma plataforma habilitadora para outros serviços. Vai permitir o desenvolvimento de novos modelos de negócios”, falou o CEO da TIM e presidente da Conexis, em keynote no painel Telebrasil, nesta terça, 21.
Ele disse que se deve priorizar a estrutura, não a maximização dos valores da frequência. “A Anatel, com um leilão não arrecadatório, já entendeu que é o desenvolvimento da digitalização, e isso é desenvolvimento econômico. Não se vai desenvolver um carro autônomo se não houver disponibilidade de 5G”, disse Labriola.
“O 4G continuará relevante por muito tempo. O que o 5G vai fazer é potencializar essa conectividade”, concluiu.
Proatividade
Rodrigo Dienstmann, presidente da Ericsson para a América Latina, também presente ao Painel Telebrasil, disse que, após a implantação, o bom funcionamento do 5G dependerá da atuação de três atores: operadoras, governo e empresas.
“O usuário quer inovação, e as operadoras precisam ser proativas ou passivas. Se proativa, você cria um pacote de serviços. Se passiva, você trata o 5G apenas como uma modernização do 4G”, falou Dienstmann.
“A otimização depende de jornada digital iniciada pelas empresas. O trabalho conjunto maximiza resultados”, acrescentou.