3GPP define o padrão para rádios 5G
A 3GPP, entidade que reúne engenheiros de todo o mundo e responsável por padronizar tecnologias para redes móveis, aprovou ontem, 20, o primeiro padrão para rádios de quinta geração (5G), chamado “release 15 NSA”. O aval técnico ao novo padrão aconteceu durante encontro da organização em Lisboa, Portugal.
Os engenheiros optaram por uma versão doem que a tecnologia não funciona por si só (non-standalone), mas como transição para quando a 5G estiver madura não depender mais de nenhum rádio legado. Assim, serão considerados 5G equipamentos capazes de ainda emitir sinais através de redes LTE, mas capazes de operar em novas frequências, com melhores taxas de latência, de perda de pacotes e de velocidade.
Haverá fatiamento da rede, que deverá operar em camadas, conforme o serviço e sua criticidade. O LTE deve ser usado, no primeiro momento, para a continuidade da entrega de acesso à internet móvel, acrescentando novas portadoras – entre os quais, as faixas de frequência de 650 MHz, 3,5 GHz, 5 GHz, 28 GHz, e 38 GHz. Os rádios também deverão ser interoperáveis, independente do fabricante.
Espera-se que em meados de 2018 seja definido um padrão independente, sem relação com o LTE. Até lá, as operadora já podem investir em redes sem medo de chamá-las de 5G. A opção por um padrão de transição levou em conta o apetite das operadoras em investir. O Capex em boa parte do mundo caiu nos últimos dois anos, e o custo de renovar integralmente as redes móveis seria mais elevado do que aproveitar parte dos rádios já instalados ou contratados.
O release 15 também atende a pedidos de algumas operadoras que já testavam redes muito parecidas com o padrão aprovado. O 3GPP estima que em 2019 serão lançadas as primeiras redes 5G comerciais. A Korea Telecom já testa a tecnologia. NTT Docomo e T-Mobile dos Estados Unidos preveem início das vendas de serviços conforme o release 15 em 2020.
Outras, como AT&T, Orange, SK Telecom, Verizon e Vodafone, fazem testes de interoperabilidade, em parceria com Ericsson e Qualcomm. A intenção é certificar-se que de a rede 4G vai conversar de modo eficiente com a 5G. (Com agências internacionais)