1/3 dos líderes de TI prevê redes baseadas em intenção até 2021, aponta Cisco
Cancún, México* – Em sondagem com mais de 2 mil líderes de TI e estrategistas de rede, a Cisco apontou que estão chegando as redes baseadas em intenção (IBN). É o que acreditam 35% dos entrevistados, com a projeção de que suas redes serão totalmente baseadas em intenção em dois anos.
As rede baseadas em intenção são uma etapa além da virtualização. São aquelas em que a rede virtualizada tem ainda processos automatizados definidos por machine learning.
Dados da pesquisa foram apresentados hoje, 29, durante exposição de Max Tremp, diretor de Engenharia da Cisco para a América Latina. Segundo o levantamento, os líderes de TI esperam que as tecnologias sem fio e as operações habilitadas com IA e IoT, bem como a detecção e remediação de ameaças, terão o maior impacto em seu design e estratégia de redes nos próximos cinco anos.
De acordo com a sondagem intitulada “Cisco 2020 Global Networking Trends Report”, 72% dos entrevistados planejam obter informações preditivas ou remediação prescritiva da IA nos próximos dois anos. “Para uma empresa ser totalmente digital, é necessário que sua infraestrutura seja também digital”, recomendou o diretor da Cisco.
Sobre o nível com que suas redes operam atualmente de acordo com o Digital Network Readiness Model, apenas 28% afirmaram ter atingido uma rede orientada por serviços ou baseada em intenção. Porém, quando questionados sobre como estarão suas redes daqui a dois anos, 78 participantes responderam que acreditam que terão ido além da rede definida por software e estarão mais perto das redes orientadas por serviços e baseadas em intenção.
Prioridade
A pesquisa da Cisco descobriu que a maximização do valor das empresas é a prioridade número um dos tomadores de decisão de TI, citada por 40% dos líderes de TI. Para conseguir isso, as organizações estão movendo suas redes para redes baseadas em intenção e investindo em tecnologias de inteligência artificial (IA) .
Quase 50% dos estrategistas de rede acreditam que aumentar o uso de análises e IA ajudará a habilitar a rede ideal. Os líderes e estrategistas de TI estão prontos para adotar a IA e a automação, apontam os entrevistados.
Falta de qualificação
A pesquisa também aponta obstáculos à evolução das redes. A falta de qualificação continua sendo uma barreira para mais de um quarto das equipes de TI. Vinte e sete por cento dos líderes de TI identificaram que a falta das habilidades necessárias é um dos principais obstáculos para que haja transição para uma rede avançada. E 22% dos entrevistados indicaram que a requalificação e a atualização são uma grande prioridade para reduzir essas deficiências.
(*) O jornalista viajou a convite da Cisco