Orçamento da Telebras encolhe 34% para 2018
O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) vai enfrentar a retração do orçamento de 2018 reduzindo os gastos com diferentes programas. Na área de comunicações, a principal prejudicada será a estatal Telebras, que terá uma redução de 34% no orçamento.
A operadora vai ter R$ 162,2 milhões, sendo R$ 150 milhões vindos de repasse, e o restante, de geração própria – caso o governo cumpra o que está empenhado na Lei Orçamentária que entrou em vigor hoje, 3. Em 2017, o empenho foi de R$ 245,76 milhões.
A maior parte do valor de 2018 irá para o custeio do satélite geoestacionário de defesa e comunicações (SGDC), que entrou em órbita no segundo trimestre de 2017, mas ainda não começou a funcionar por falta de infraestrutura terrena. Para isso, serão destinados R$ 130 milhões.
Corte no cabo
A União autorizou um dispêndio de R$ 1 milhão com o cabo submarino Brasil-Europa, que será construído em parceria com a Ellalink. No orçamento de 2017, estavam empenhados R$ 90 milhões para a construção dessa conexão transatlântica.
A previsão é que o cabo custe cerca de US$ 200 milhões e fique pronto em 2019, embora não se saiba de onde virá a maior parte desse capital. Pouco mais de 10% será financiado por projeto científico da União Europeia. Mas ainda não foi definida a origem do restante. No que depender do orçamento do governo para este ano, não virá da estatal.
Por fim, a Telebras terá R$ 19 milhões para implementar a infraestrutura para prestação de serviços de comunicação e dados. Valor que deverá ser usado para concluir 42% de obras restantes dessa rede, até 2025. Os cerca de R$ 12,2 milhões restantes do orçamento serão para a manutenção das operações atuais.